quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Use bem o seu tempo para construir

Num pequeno reino muito distante do nosso, havia uma tradição secular em que o rei era escolhido pelo povo e tinha um reinado de apenas sete anos, nem um dia a mais e sem direito a reeleição. Após o reinado o monarca deveria ser exilado em uma ilha habitada apenas por animais ferozes.

Era aquela, uma terrível forma de recompensa, mas como já era costume, todos aceitavam tal fato como sendo natural. Os reis assumiam seus governos sabedores de seus destinos, onde seriam entregues à própria sorte e fatalmente devorados por animais selvagens.

Certa vez, um rei que havia sido excelente para o povo e realizado um governo impecável, concluiu seu tempo de mandato e fiel à tradição, no último dia do mandato se dirigiu ao cais, de onde seria levado pelos soldados até a temida ilha. Durante o percurso, era cumprimentado pelo povo que entre lágrimas o saudava acompanhando-lhe os últimos passos. Muitos, diante do acontecido, já começavam a questionar tal tradição.

Ao embarcar, uma multidão se aglomerava para o adeus final ao monarca tão querido. Nas feições de cada súdito, a tristeza por um final tão trágico para quem havia exercido suas funções de forma tão brilhante.

Mas aquele rei, diferentemente de seus antecessores que choravam e reclamavam do destino no momento da partida, acenava feliz para o povo e sorria para todos. Ele continuava magnífico, nem parecia que se dirigia para tão famigerado exílio.

Já navegavam há algum tempo, quando o comandante dos soldados não se conteve e perguntou ao rei:
--- Queira perdoar-me majestade, mas não entendo a razão de V. alegria; todos os outros reis que conduzimos choravam compulsivamente e lamentavam aos brados seus destinos durante a viagem, mas V. majestade se mostra contente diante da morte que lhe aguarda...

E o rei respondeu-lhe tranquilamente:
--- Você se engana meu nobre soldado, eu não morrerei como meu antecessores. Estou na verdade a caminho de merecidas férias! Durante meu reinado, contratei profissionais para que trabalhassem na ilha construindo-me um belo castelo e afugentando os animais ferozes. A ilha, agora, é um lugar agradável e tranquilo, ideal para meu merecido descanso. Eu construí meu futuro!


Amigos,

Saibamos construir nosso futuro enquanto tivermos condições para tal; não esperemos pelas dificuldades para tomar as devidas providencias em relação ao nosso amanhã. É de suma importância planejarmos nossas vidas e também sermos bons para com os demais.

Que em nossos planejamentos para 2010, contemplemos nossas vidas pessoais, profissionais e espirituais, e assim sejamos muito felizes...

Com abraços fraternos,
Luiz Arantes.


Obs.
Meu abraço especial à cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul, que tive o privilégio de conhecer e onde tenho bons amigos.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Liberte-se de seus sapatos velhos...

Uma jovem que se dirigia ao trabalho entrou em um ônibus urbano, do qual já se sentia velha amiga pelas incontáveis vezes em que juntos haviam feitos o mesmo percurso.

Mas naquela manhã uma surpresa a aguardava, ao subir as escadas do ônibus, um de seus sapatos se prendeu nos degraus e antes que ela pudesse fazer qualquer coisa ele caiu na rua; a porta se fechou rapidamente impedindo-a de recuperá-lo.

À medida em que o veículo andava, o sapato ia ficando para trás, perdido. Então, aconteceu o inesperado, a moça se sentou e rapidamente tirou o outro sapato do pé e o atirou pela janela, na direção do outro que havia caído. Calmamente e com os dois pés descalços, ela se sentou para seguir seu caminho.

Um rapaz que a tudo assistira sem ter podido ajudar, perguntou-lhe:

--- Desculpe-me por perguntar, mas por que você jogou fora o outro sapato?

E a moça que descalça ainda ficara mais bela, respondeu:

--- Apenas um pé de sapato de nada me serviria, assim como alguém que encontrasse o outro, não é mesmo? Assim, eu joguei o outro para que alguém que os encontre e esteja necessitando, possa usá-los e ser feliz.

Ao chegar ao destino, com os pés no chão mas a cabeça e o coração elevados, entrou numa loja de calçados e de lá saiu feliz com seus novos sapatos, em direção ao seu trabalho. Aquele dia havia iniciado muito bem.


Amigos,

Durante nossa curta passagem por este mundo, é inevitável perdermos coisas. Em muitos casos estas perdas são dolorosas e supostamente injustas; mas se tivermos atitudes nobres iguais a da moça da história, estaremos amenizando-as e de alguma forma reduzindo as chances de que aconteçam com frequência. Além, é claro, de ajudar pessoas através dessas atitudes.

No momento apropriado, jogue fora suas velhas ideias, sua crenças talvez radicais, sua maneira de ver e viver a vida, pois essas coisas quando não mais lhe servirem, sugarão suas energias e lhe causarão um grande mal. Liberte-se de seus sapatos velhos, além de lhe fazer bem, alguém poderá se beneficiar com eles.

Aproveite este momento e renove o seu "armário". Retire dele tudo aquilo que você não usa mais e faça a alegria de quem tem menos do que você. Ao ganhar ou comprar uma nova roupa, escolha alguma que você não usa há algum tempo e faça uma doação. Você sentirá uma grande alegria a inundar sua alma. ...E se alguém lhe atirar algo pelas janelas da vida e se você precisar, tenha a humildade de aceitar, quando não mais lhe servir, passe adiante. Há milênios, o mundo funciona assim.

O novo só poderá ocupar espaço em nossas vidas, quando o velho deixar de fazer parte dela!


Seja muito feliz!

Com abraços fraternos do
Luiz Arantes.

Esta história me foi enviada pelo amigo Marcelo Reis, e eu a adaptei para o blog. Valeu Marcelo!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A visão de cada um

Diante de uma situação difícil e até inesperada, cabe uma reflexão: Que lição posso tirar deste incoveniente? Como poderei transformar este limão em limonada?
Para ilustrar o assunto, aqui vai um pensamento:

"Dois homens olharam através das grades de uma prisão;

um viu a lama no chão, o outro as estrelas na imensidão"

Com abraços, Luiz Arantes.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Autoridade e arrogância...

Conta-se que em 1995, numa noite chuvosa e escura no Atlântico norte, aconteceu um diálogo hilário entre uma autoridade costeira do Canadá e um navio da marinha americana, através do rádio . Os americanos iniciaram calmamente e de forma educada a conversa:

--- Favor alterar o seu curso em 15 graus para o norte, para evitar uma colisão com nossa embarcação.

O canadense também educado, respondeu imediatamente:

--- Recomendo mudar o seu curso 15 graus para o sul.

O tom de voz do americano demonstrou clara irritação ao dizer:

--- Aqui quem fala é o capitão de um navio da Marinha americana! Repito: mude o seu curso imediatamete!

Calmamente e sem se deixar intimidar ante a demonstração de autoridade do americano, o canadense insistiu:

--- Impossível. Mude o seu curso o mais rápido possível...

A conversa começou a ficar alterada; então, o capitão americano ladeado por seus imediatos, querendo demonstrar poderes, berrou ao microfone:

--- Este é o porta aviões USS Lincoln, o segundo maior da frota americana em operação no Atlântico! Estamos acompanhados de três destroyers, três fragatas e numerosos navios de suporte. Eu exijo que vocês mudem imediatamente o curso em 15 graus para o norte, do contrário tomaremos contramedidas para garantirem a segurança do nosso grupo!

E o canadense respondeu timidamente:

--- Impossível, repito; ... aqui é um farol... Câmbio!


Meus caros amigos,

Quantos vezes ficamos cegos por nossa própria arrogância, tomamos atitudes incoerentes e acabamos sendo motivo de zombarias. É comum exigirmos mudanças por parte das outras pessoas dos nossos grupos, quando na verdade nós que deveríamos mudar nossos rumos, nosssas atitudes, nossas decisões.

Há algum tempo ouvi um frase que é pertinente: "Se queres conhecer bem uma pessoa, dê a ela autoridade". Impressionante como muitas pessoas diante de um título que nem sempre lhes confere autoridade, mudam com os amigos, com o grupo, com a sociedade, para com todos; e em muitas vezes, mudam para pior.

Estamos vivendo momentos em que os paises considerados ricos e "desenvolvidos" estão discutindo na reunião de cúpula em Copenhague, os destinos de nosso planeta em relação ao clima, à poluição. Encontram saídas para todos os paises emergentes mas nunca assumem seus verdadeiros papéis de vilões na história. Sempre existem interesses financeiros a impedirem decisões corretas, concretas, encobertos pela arrogância e ganância.

Em nossas empresas, em nossas equipes há uma grande semelhança com o episódio que comentamos. Se usarmos apenas nossas fantasias de autoridades, estaremos sujeitos a fazer um papelão como o capitão da embarcação americana.

As pessoas que mais se destacaram, de forma positiva, na história da humanidade, usaram a humildade mesmo exercendo suas autoridades...

Com votos de muitos sucessos,
Luiz Arantes.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O cachorrinho manco

Numa loja que vendia pequenos animais, um garoto perguntava o preço de alguns filhotes; para cada pergunta o vendedor respondia: R$ 100,00 este, R$ 200,00 aquele, R$ 150,00 este outro...
O garoto, pesquisando seus bolsos conseguiu ajuntar todo dinheiro que possuia e disse ao vendedor:

--- Não vai dar, só tenho R$ 12,00.... mas, posso ficar olhando os cachorrinhos?

Pode, respondeu o homem e gritou lá pro fundo da loja:

--- Luna, venha cá...

Para alegria do garoto, apareceu uma cadela com sete lindos filhotes acompanhando-a na maior agitação, pulando, latindo e brincando uns com os outros, menos um que vinha mais atrás e que visivelmente mancava de uma das patinhas.

Imediatamente o garoto apontou para o filhotinho e perguntou:

--- O que há com ele? Por que ele está mancando?

O vendedor explicou que o veterinário o havia examinado e descoberto que ele tinha uma deficiência e que andaria sempre devagar e mancaria de uma das patas. O menino se animou e disse:

--- Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!

O vendedor após consultar o proprietário da loja, respondeu:

--- Não podemos lhe vender esse cachorrinho, mas poderemos dá-lo de presente a você.

Revoltado o menino respondeu:

--- Eu não o quero de graça, ele vale tanto quanto os outros filhotes e eu quero pagar todo o valor dele. Darei R$ 12,00 agora e R$ 5,00 todos os meses até pagar tudo.

--- Não acredito que você queira comprar esse cachorrinho, ele nunca poderá correr, pular e brincar com você e com outras crianças...

Então o garotinho se abaixou um pouco, puxou a perna esquerda da calça e deixou à mostra um aparelho que o ajudava andar e disse ao vendedor:

--- Eu também não posso correr muito... o cachorrinho precisará de alguém que entenda isso. Vou levá-lo para casa agora mesmo, nós precisamos um do outro.


Amigos,

Uma bela história e que nos conduz a algumas reflexões. Poderíamos iniciar dizendo que para cada pé há um chinelinho, que aquilo que muitas pessoas descartam pode ser maravilhoso para outras; poderíamos dizer que o amor (até pelos animais) extrapola as dimensões físicas, que a alegria de viver não está apenas na correria, mas sim em sabermos apreciar a paisagem.

Mas eu gostaria de propor uma outra reflexão, em especial para os ambientes corporativos: em muitos casos, as deficiências e os obstáculos que encontramos são imaginários e servem de desculpas para andarmos mais devagar e até mancarmos ou arrastarmos um pouco a perna. Para muitas pessoas é confortável ter uma desculpa para produzir menos, ou até mesmo para nada produzir. Usamos muitos tipos de muletas para encobrir nossas verdadeiras deficiências.

As pessoas com algum tipo real de deficiência, acabam desenvolvendo outras aptidões para compensá-la. O grande obstáculo da vida, é a deficiência que colocamos em nossas cabeças e que povoam nossos pensamentos, nos impedindo de agir e de sermos felizes.


Pensemos nisto...

Com abraços,
Luiz Arantes.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O vendedor de balões

Havia um homem que vivia da venda de balões com gás. Vendia-os em toda parte: em quermesses, nas portas de escolas, em praças públicas e em todos os lugares em que houvesse clientes, especialmente muitas crianças.

Certo dia, em que trabalhava em uma quermesse vendendo seus balões famosos, para chamar a atenção das crianças, soltou um balão vermelho, o qual se elevou aos céus atraindo a atenção dos presentes.

Ele era um ótimo vendedor, com a estratégia reuniu uma multidão de curiosos e de possíveis compradores. Vendeu muitos balões em muito pouco tempo. As crinças ficavam felizes com os balões que insistiam em voar, mesmo presos a seus braços.

Pertinho do vendedor, sentado e observando tudo com atenção, estava um menino negro que também ganhara seu precioso balão. A cada vez que o homem soltava um balão para chamar a atenção das pessoas, mudava a cor do mesmo; soltou um azul, um amarelo e finalmente um branco.

Todos os balões subiam até sumirem de vista, numa bela dança com a brisa. O menino, de olhar atento, acompanhava cada balão em sua subida magistral. Mas uma coisa começou a incomodar o menino: o vendedor não soltava um balão preto que estava amarrado num suporte. Então, se aproximou do vendedor e perguntou:

--- Moço, se soltar o preto ele também subirá tanto quanto os outros?

O vendedor de balões sorriu para o menino de forma compreensiva, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares diante dos dois, respondeu ao garoto:

--- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir...


Meus amigos,


esta pequena história atribuída a Anthony de Mello, chamou-me a atenção por sua bela lição de vida e pela simplicidade da mesma.

Não é o exterior de cada pessoa que lhe assegura a condição de se elevar acima de todos e dos obstáculos da própria vida; mas sim, o que está dentro de cada qual; tais como as virtudes e as atitudes em persistir, em lutar, em inovar e em ajudar.

Em muitos casos, só nos preocupamos com nossa aparência, com nossa cor, quando na verdade tais coisas não passam de acessórios; o verdadeiro valor é o que está dentro de nós.

Com abraços e votos de sucessos,
Luiz Arantes.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O apagão humano

Há algum tempo tenho me preocupado com a quantidade de apagões que assolam nosso país. São muitos os tipos de apagões, pelo menos os mais conhecidos: apagão moral, apagão ético, apagão profissional, apagão espiritual, apagão educacional, apagão social; e ainda existe um que tem preocupado um pouquinho as nossas autoridades que é o apagão de energia elétrica. Mas antes de falar destes tsunamis, gostaria de relembrar, de forma resumida, uma história que acalentou minha infância: A roupa invisível do rei, de autoria de Hans Christian Andersen, que ajudará em nossa reflexão:
Havia um rei muito vaidoso, em especial com roupas; gastava seu tempo e dinheiro quase exclusivamente com elas. Sua fama correu outros mundos e um dia apareceram em seu palácio dois malandros (impressionante como até hoje quase todo rei sofre de vaidade crônica e tem uma grande facilidade de atrair malandros para junto de si) se apresentando como tecelões e costureiros de renome, se oferecendo para tecer e costurar para o rei uma roupa tão especial que pareceria quase invisível e que pessoas tolas ou que ocupassem cargos imerecidamente, não conseguiriam enxergá-la em hipótese alguma (já vi isso em algum lugar).

O rei, querendo ser o primeiro a usar tal tecido (quanta diferença!), logo os contratou, pagou adiantadamente e ainda lhes entregou muitos metros de fios de seda e de ouro para tecerem a fazenda especial. Em dois teares começaram a tecer a tal fazenda maravilhosa que ninguém conseguia ver. Para não se passarem por trouxas ou para não denunciarem que exerciam cargos além de suas reais capacidades, as pessoas acabava afirmando que o tecido era lindo, bem trançado, cores muito vivas e desenho original. Até os mais altos conselheiros do monarca foram ver o tecido prodigioso e voltavam fascinados para dar a notícia ao rei. O comentário em todo reino era a nova roupa do rei e as suas características. É claro que todos queriam vê-la...

Uma grande festa com desfile real pelas principais ruas do reino foi organizada. Era importante mostrar as roupas novas do soberano e saber quem estava aquém de seus cargos. Durante o desfile as ruas e praças estavam apinhadas de curiosos; todos olhavam para o rei caminhando pelas passarelas e não viam roupa alguma, mas não querendo mostrar que eram idiotas ou que ocupavam cargos sem méritos, exclamavam:
--- Que roupa linda! Nunca vi nada igual. (ai meu Deus... já vi isso também)
Com esses comentários massageando seu ego e sua vaidade, o rei continuava seu desfile acenando e sorrindo para todos, até que uma criança em sua inocência, gritou do meio do povo:
--- O rei está pelado!

Assim, todos começaram a enxergar a verdade e também começaram a gritar:
--- O rei está pelado...

Mesmo representando um papel tão ridículo e visivelmente aborrecido com o acontecido, o rei contimuou desfilando até voltar ao palácio (também já vi muitas situações parecidas). Procurou os dois farsantes mas eles haviam ficado invisíveis; nunca mais os viu.


Muitas vezes por acreditar que algumas coisas existem, mas apenas em nossas mentes é que elas acabam nos conduzindo a verdadeiros apagões. E pior de todos os apagões, é o apagão humano. Quero exemplificar alguns casos em que por não querer ver a verdade ou por alimentar excessivamente a vaidade pessoal, acabamos criando esses apagões tão perniciosos:
  • Blindar um(a) candidato(a) ante suas responsabilidades e erros para não atrapalhar uma campanha de marketing, é a mesma coisa da roupa do rei. Atitudes assim causam apagões morais e éticos.

  • Um ministro vir a público e afirmar categórico que foi um raio que causou o apagão que afetou 18 Estados brasileiros e 01 país vizinho e ainda afirmar que o assunto está encerrado, é mais um grande apagão moral e ético.

  • Estudantes que ao invés de se prapararem para um futuro melhor preferem se esconder atrás de um tecido que os pais mandam tecer, que parece invisível, e assim constroem um apagão educacional e que no futuro se transformará em grande apagão profissional.

  • Quando nos esportes vejo tantos exemplos de corrupção e no meu time, profissionais pensando só em dinheiro e em suas carreiras meteóricas no exterior, percebo claramente um grande apagão moral e profissional. (Que exemplo...)

  • Quando os pais com a desculpa de não quererem que os filhos passem pelas experiência por que passaram, enchem-nos de mimos exegerados, brinquedos desnecessários e dinheiro fácil, estão criando apagões educacionais, morais, éticos, amorosos e existenciais.

  • Quando vivemos apenas pensando em coisas materiais, sem aprimorar nossa vida espiritual, confundindo o objetivos de nossa existência, estamos criando um apagão de fé.

  • Quando valorizamos apenas o "ter" em detrimento do SER, o apagão de valores já está instalado em nós.

  • Quantos apagões profissionais em tantas empresas! Que desespero dos empresários em encontrar profissionais qualificados! Mas, eles tem sua parcela de culpa por não contribuírem e não exigirem qualificação destes possíveis profissionais.

  • Quantas pessoas, nas empresas, passam a vida vendendo uma roupa de um profissionalismo invisível, que só eles conseguem enxergar, que só a eles é conveniente.

  • Quantos políticos, com apagões morais, tentam impor "verdades" que só eles conseguem enxergar, tentando fazer da população um bando de tolos.

  • Muitos conseguem "ver" esta roupa invisível e os apagões que elas causarão no futuro, mas preferem ficar calados para não se comprometerem e não serem confundidos com outros.

Meus amigos, desta vez creio que eu tenha exagerado um pouco, mas sinto-me bem e espero que o mesmo aconteça com vocês. Neste momento de grandes apagões, temos que analisar as roupagens que estamos vestindo, examinar nossos armários, separar tais roupas aparentemente belas, maravilhosas, porém passageiras, incompatíveis e invisíveis para uma existência melhor.

Importantíssimo rever nossas atitudes de costureiros ou de conselheiros do rei, evitando falsas verdades, falsas atitudes.

Sejamos muito felizes, com roupas lindas, porém reais e visíveis, em especial aos nossos olhos. Evitemos quaisquer tipos de apagões, usando luz de sabedoria, de responsabilidade, de comprometimento, de trabalho, de amor, de fé e de Deus.

Um abração e meus pedidos de desculpas pelo tamanho do post, mas caso contrário ele ficaria invisível, um pouco apagado...


Luiz Arantes.


sábado, 7 de novembro de 2009

O catador de feijões

Dia desses, após um almoço em família, conversávamos animados quando enveredei por casos acontecidos comigo durante o serviço militar, o que faz muito tempo, pois servi em 1971. Eram casos muito engraçados e que causavam perplexidade principalmente a meus filhos.

Entre risadas e espanto, conduzi minha narrativa até o momento em que comentei sobre um major que dividia os soldados em três grupos: o primeiro grupo, por exemplo, plantava grama no campo de futebol, o outro grupo arrancava toda a grama plantada pela equipe anterior e finalmente a terceira equipe fazia o plantio em definitivo.

Todos ficaram de olhos arregalados com o exemplo de abuso de autoridade e atitude desnecessária e deseducativa. A indignação foi geral e os comentários giravam em torno das mudanças ocorridas no exército, em especial no serviço militar.

A moçada ainda remoia o caso indignada, quando minha esposa se lembrou de outro episódio de minha infância e que havia sido muito pior:

Minha mãe quando precisava sair de casa, para que eu não fosse prá rua brincar, e fazer minhas peraltices, misturava numa bacia grande quantidade de feijões (de tipos e cores diferentes), com vários grãos de milho. A ordem era que eu catasse os grãos, separando cada tipo: feijão e milho. No início eu ficava horas e horas lamentando aquele trabalho desnecessário e humilhante.

Meus filhos ficaram em pé de guerra e partiram prá cima de minha mãe que também almoçava conosco, querendo saber se minha história era verdadeira:

--- Vó! Isso é verdade? Você fazia isso com nosso pai? Não acreditamos...

Para surpresa de todos, minha mãe respondeu calmamente:

--- Claro que é verdade! Eu tinha que sair de casa e aquela era a forma de assegurar que ele não sairia prá rua para fazer bagunça com os amigos. Fiz e não me arrependo, faria de novo se fosse preciso!

Diante de argumentos tão convincentes, todos percebemos que minha mãe e o major tinham muito em comum. E que de nada adiantaria condená-los, pois ambos pensavam que faziam o certo à época.

O que minha mãe não sabia é que lá pela terceira vez em diante, eu chamava meus amigos prá ajudar-me na catação de feijões e num piscar de olhos estava tudo pronto; assim podíamos sair para brincar. Desta forma eu me tornei o melhor e mais rápido catador de feijões de minha família... Grande coisa....

Aprendi com esse episódio, que ninguém está totalmente certo e ninguém está totalmente errado. Quando as pessoas agem conforme suas convicções e aprendizado (minha avó fazia a mesma coisa com minha mãe), mas com a intensão de acertar, não podem ser condenadas e muito menos julgadas.

Minha mãe fez comigo coisas que na época me revoltaram e que ainda hoje deixam as pessoas indignadas, mas ela, dentro de suas possibilidades e com os seus parcos conhecimentos, fez por mim e por meus irmãos, coisas maravilhosas.

Grande abraço mãe, do seu filho catador de feijões...

Perdoe a todos que de alguma forma erraram com você na tentativa de acertar, mesmo que na época tenham lhe magoado. Somos, na maioria das vezes, frutos do meio em que vivemos.


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Obs.

Neste post de hoje, gostaria de fazer um agradecimento carinhoso a todos os amigos que me acompanharam durante o ano, acessando e lendo cada matéria. Parafraseando o Zina (aquele do Pânico na TV), gostaria de mandar um SALVE para todos, em especial para as seguintes cidades brasileiras e também para alguns países:

Cidades:

São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia, Salvador, Dourados, Campinas, Blumenau, Recife, Apucarana, Curitiba, Cascavel, Brasília, Cuiabá, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Joinville, Patrocínio, Osasco, Goiânia, Fortaleza, Niterói, Uberaba e muitas outras.

Países:

Portugal, EUA, Senegal, Panamá, Chile, Canadá, Nova Zelândia, Espanha, Suiça, Suécia, Japão e Coréia.

Por favor, fiquem à vontade, façam seus comentários. Aceito sugestões. Caso queiram, usem meu e-mail. Estou à disposição para trocarmos idéias sobre técnicas de vendas, motivação e outros assuntos pertinentes.

e-mail: luizarantes@treinamix.com.br

Grande abraço do Luiz Arantes.

sábado, 31 de outubro de 2009

Por que os gigantes caem?

Algumas fotos das gigantescas sequóias sempre me impressionaram, em especial aquelas em que os carros passam por dentro delas como num verdadeiro túnel. As sequóias são árvores milenares, algumas com mais de três mil anos. Durante todo este longo período, enfrentaram inúmeras intempéries, ventos, nevascas, chuvas, incêndios e investidas humanas.

Uma destas gigantes caiu e foi submetida por cientistas a uma série de exames para se descobrir o que de fato a havia derrubado. Após muitas análises minuciosas, descobriram que a causa da queda da árvore colossal, havia sido o ataque de pequeninos e insignificantes insetos que roeram suas raizes, deixando-a vulnerável a qualquer vento.

A grande pergunta foi: Como é que ela se defendeu de tantas adversidades e perdera a luta pela sobrevivência para inimigos tão pequenos, quase invisíveis? Como havia sobrevivido a tantos cataclismos durantes milênios?

Tal fato levou-me a fazer uma analogia com nossas vidas pessoais e profissionais. Quantos de nós conseguimos sobreviver a verdadeiras catástrofes, intempéries, superamos vendavais e borrascas e acabamos sucumbindo, caindo ante as pequenas dificuldades? São as dificuldades quase invisíveis, pequeninas que nos deixam deitados ao rés do chão.

O que poderia ser comparado em nossas vidas a estes pequeninos insetos devastadores? O que é que poderá nos derrubar se não ficarmos atentos? As pequenas mentiras? Pequenas doses de personalismo? Pequenas maledicências? Pequenos atritos? Pequenas ondas de mal humor? Pequenas atitudes de egoísmo? pequenas traições?

Em minha opinião, os gigantes caem porque se esquecem das pequenas coisas, das pequenas contrariedades, dos pequenos obstáculos. Ninguém tropeça nas grandes pedras, apenas nas pequenas.

Pensemos nisto.

Com abraços,
Luiz Arantes

sábado, 24 de outubro de 2009

Arrastando mala

Creio que em todas as famílias, existam aqueles casos engraçados envolvendo crianças e quando os adultos se reunem, relembrar tais travessuras passa a ser obrigatório e motivo de muitas gargalhadas.

Comigo não foi diferente. Em minha família, existem muitos casos pitorescos e a maioria me envolvendo, portanto já fui motivo de muitas gargalhadas em reuniões de família. Um dos casos de que mais me lembro das pessoas contarem e que eu tenho uma vaga lembrança, aconteceu quando eu tinha em torno de 04 anos, e ainda morava em uma fazenda em Goiás.

Éramos várias famílias e morávamos todos na sede, juntamente com meus avós paternos. Meu avô também era meu padrinho e declaradamente, meu protetor.

Não se sabe exatamente o motivo, mas o fato é que num dia qualquer, durante o almoço, eu e minha mãe entramos num sério atrito, algo a ver com comida; diante da confusão armada por mim, e as ameaças de minha progenitora, senti que o melhor a fazer seria sair correndo e me esconder no quarto onde meu avô já estava deitado para sua costumeira soneca.

Ao entrar no quarto, fechei a porta e comecei a contar minha versão da história ao meu protetor e as ameças que minha mãe estava fazendo. Após expor minuciosamente toda a confusão e sentir apoio de meu avô, fiquei mais tranquilo e confiante, estava mesmo num porto seguro.

Então, minha mãe que a tudo assistia pela janela, soltou mais uma de suas ameças:

--- Menino, não pense que está seguro aí com seu avô... e pare de "arrastar mala" porque senão eu te pego...

Em minha região, principalmente na zona rural, a expressão "arrastar malas" era o mesmo que contar vantagens, coisa típica dos faroleiros. E era exatamente o que eu estava fazendo, contando vantagens. Como eu ainda não conhecia tal expressão, ao ver debaixo da cama de meu protetor uma grande mala, não pensei duas vezes, comecei a arrastá-la por todos os cantos da casa, chegando a incomodar as pessoas.

Depois de um bom tempo arrastando a velha mala por toda parte, alguém me perguntou o motivo de tal comportamento. Então respondi solenemente:

--- Minha mãe disse que iria me bater se eu arrastasse mala, quero só ver ela tem coragem...

Creio que no restante do dia ninguém mais tenha trabalhado, só preocupados em contar para outras pessoas esta minha besteira. O mais engraçado de tudo isto é que todos os envolvidos se lembram do fato nos seus mínimos detalhes, menos eu. E o pior meus caros amigos, é que nem é tão engraçado assim... concordam? Mas faz parte de minha vida e da história de minha família.





Amigos,


Até hoje eu me policio para não continuar arrastando malas e desafiando as pessoas à minha volta. É muito fácil em nossas vidas, termos tais atitudes: contar vantagens, conversar muito, querer tirar vantagens de fatos sem importância. Há também o risco de fazermos alguma coisa sem sabermos o seu significado, ou pensarmos que sabemos o que estamos fazendo, baseando-nos apenas em nossa inexperiência ou desconhecimento.

Na vida corporativa, não é diferente; é necessário muito controle para não entrarmos nesta sintonia de contar vantagens, de querer humilhar e desafiar os companheiros à nossa volta.

Às vezes, nos escondemos por detrás de possíveis protetores e nos colocamos na posição de provocadores, agressores, contribuindo para piorar o clima organizacional de nossas empresas. Todo cuidado visando um bom relacionamento interpessoal, é bem vindo se quisermos ter à nossa volta, equipes de alta performance.

Que bom que esta expressão está em desuso e hoje, as malas tem rodinhas!



Grande abraço a todos e por favor, sejam muito felizes!
Luiz Arantes.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O operário do livro

Nesta semana tive o privilégio de assistir a uma entrevista, a qual deixou-me feliz com um belo exemplo de vida, de superação e de sucessso; quero compartilhar um pouco dessa história.

Trata-se da saga do alagoano Leonídio Balbino, nascido na zona rural próximo a Arapiraca, numa família muito pobre e com muitos filhos, o que era comum na época. Aos 08 anos Leonídio trabalhava ajudando a família e já demonstrava facilidades para as vendas quando levava algumas galinhas do sítio para vender na cidade.

Ainda totalmente analfabeto, em 1953 aos 16 anos tomou a decisão de ir para São Paulo; e num caminhão "pau de arara" fez a viagem de vários dias, em busca do sonho que o alimentava e a tantos companheiros retirantes, que era de vencer na cidade grande e levar toda a família para lá.

No segundo dia na metrópole conseguiu emprego de faxineiro em uma pensão, onde além da faxina fazia todo serviço que aparecesse, conquistando a simpatia dos patrões e dos hóspedes. Foi nesse ambiente que ele conheceu vários vendedores de livros que lá se hospedavam e que o incentivaram a vender livros, mas ele retrucava dizendo que seria muito difícil pois não sabia ler e nem escrever.

Os vendedores percebendo no jovem grande potencial para as vendas, o incentivaram a decorar os títulos dos livros, os comentários das "orelhas", os autores e outros detalhes. Assim, aquele jovem iniciou seus passos num mundo desconlhecido mas que seria o seu futuro e o de seus familiares.

Como sempre existem pessoas boas e bem intencionadas, algumas começaram a estimular nosso herói a aprender a ler, pois assim poderia vender muito mais do que apenas declamando o que havia decorado. E com muita determinação, Leonídio desenvolveu um método próprio de aprendizado, que lhe abriu os horizontes da leitura aos 20 anos: ele ajuntava as sílabas das palavras que via nas placas de ruas, nas capas de livros e nos "reclames" da TV até conseguir montar as palavras e assim poder lê-las.
Nosso auto didata não só aprendeu a ler, como montou uma distribuidora de livros e posteriormente uma editora. Hoje, Leonídio é proprietário da Editora Lisa S/A, e lê em média 40 livros por ano.

Com pouco mais de 70 anos, casado, 06 filhos e vários netos, Leonídio nos brinda com seu livro: O operário do livro, o qual é na verdade sua auto biografia, recheada de tantos obstáculos, lutas e as vitórias.

São exemplos como o do escritor Leonídio Balbino, que nos ajudam a continuar com nossos desafios e nossos sonhos. E como também sou vendedor e apaixonado por essa arte, não poderia deixar de compartilhar a odisséia desse companheiro que de porta em porta, vendendo seus livros construiu seu sonho, seu império.

Um fato pitoresco na vida de Leonídio é que quando morava num determinado prédio em São Paulo, conseguiu cumprir o prometido a seu pai e levou para lá toda a sua família; como os familiares eram pessoas muito simples, barulhentas e cantarolavam suas cantigas o tempo todo, incomodaram uma outra inquilina que implicou de tal forma com eles que acabou por expulsá-los do prédio. Ao sair, Leonídio prometeu àquela moradora que ainda voltaria e que compararia aquele prédio. Anos mais tarde ele cumpriu sua promessa, comprou o prédio onde hoje funciona sua editora e pediu gentilmente que a inquilina deixasse sua propriedade.


Caros amigos,

ao mesmo em que parabenizo e agradeço ao Sr. Leonídio Balbino, pelo belo exemplo de vida e superação, deixo também o desafio para que continuemos com nossas caminhadas, superando cada desafio, cada obstáculo, em direção ao sucesso. As dificuldades existem para serem superadas e para nos ajudarem a crescer.

Pensemos nisso e sejamos muito felizes!
Com abraços, Luiz Arantes.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

As sementes de trigo

Três homens com aparência faminta bateram à porta de um comerciante, compartilhando com o mesmo suas duras realidades: sem emprego, sem dinheiro e sem comida para alimentar os filhos e esposas. Pediam uma ajuda para amenizar pelo menos a dor de seus familiares.

Sensibilizado com a situação dos três homens, o comerciante resolveu ajudá-los em suas necessidades. Disse a eles que lhes daria um saco com farinha, um saco com pães e um saco com sementes de trigo; poderiam escolher.

Um dos homens, mais afoito, pegou logo o saco de pães, agradeceu e saiu em disparada em direção à sua casa. O outro, escolheu o saco com farinha e agradecido também saiu correndo ao encontro de sua família. O terceiro homem sem caber em si de contentamento, agradeceu e pegou o que havia lhe sobrado e disse ao comerciante:



--- Estou muito feliz, pois sou o único que não precisará voltar aqui.





Ele foi o mais precavido dos três, pois estava resolvendo de vez o seu problema de alimento junto aos filhos, poderiam comer alguns grãos e plantar o restante, bastaria que esperassem apenas mais alguns dias.



Caros amigos,

Nem sempre a vida nos dá aquilo de que precisamos de imediato para fazer frente aos nossos anseios, é necessário e imperioso que busquemos e trabalhemos nossas oportunidades. Em muitos casos, nossas necessidades são tão urgentes que mal dá para esperar até o dia seguinte, mas com um pouco de bom senso, poderemos esperar um pouquinho mais e assim resolver em definitivo nossos problemas a médio e longo prazo.

Nem tudo na vida pode ser resolvido de imediato. Há quem diga que urgente é o que não foi resolvido em tempo hábil. Conheço muitas pessoas que estão sempre correndo e num clima de urgência. Em muitos casos um bom planejamento poderia resolver muitas das correrias nas quais nos vemos envolvidos no dia a dia.

Ao fazer este comentário, lembro-me da história do broto de bambu que escrevi há alguns meses, em que a semente dele fica por um período aproximado de cinco anos debaixo da terra, vai germinando, criando raízes, se fortalecendo, até aparecer e com determinação e condições de ser um grande bambu.

Nossos trabalhos também tem que ter esta característica: ter raízes sólidas, um produto duradouro, com qualidade, o que deverá ser uma constante. O que também me faz lembrar da história da sociedade entre o porquinho e a galinha, onde no novo negócio a galinha forneceria os ovos e o porquinho, o bacon. Fazendo uma analogia, a galinha desta forma estaria apenas envolvida e o porquinho totalmente comprometido.

Está em falta no mercado, profissionais comprometidos e estamos com excesso de profissionais apenas envolvidos. Se não cuidarmos, haverá (e já está havendo em muitos segmentos) um "apagão" de profissionais comprometidos em nossas empresas e em nosso país. Não faço aqui nenhuma apologia ao "se matar de trabalhar", mas sim o comprometimento necessário e que faz a diferença entre os bons e os médios profissionais. O trabalho é nossa fonte de vida, mas tem que ser de uma vida onde todos possamos evoluir e crescer, e para tal, o comprometimento será fundamental.

Pensemos bem à frente de nossas mãos, busquemos realizar trabalhos de forma duradoura e consistente; assim poderemos ser muito mais felizes.

Com abraços: Luiz Arantes.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A pantera, o cachorrinho e o macaco

Um cachorrinho durante um safari na África, se encantou com algumas borboletas e acabou se perdendo do grupo em uma grande savana. Começou a sentir muito medo pela situação: sozinho numa imensidão e nem imaginava prá onde correr em busca de ajuda. Para piorar a situação, uma pantera faminta o avistou e entusiasmada com seu jantar inesperado, começou a caminhar em direção do indefeso cãozinho.

Percebendo as más intenções da pantera, diz para si mesmo:

--- Acho que ela quer me devorar, o que fazer?

A pantera já estava muito próxima, era possível sentir o bafo terrível dela, bem às suas costas. O cachorrinho então, avista uma ossada de um grande animal perto dele e teve uma idéia, pulou sobre a ossos e começou a mordê-los, e falou bem alto para que a pantera o ouvisse:

--- Hummmmm, que delícia de pantera! Pena que acabou...

A pantera ao ouvir este comentário, ficou estática. Assustada foi cautelosamente dando meia volta enquanto comentava baixinho:

--- Que cão bravo! Por muito pouco não me devorou também. Vou prá bem longe...

Um macaco que a tudo assistia do alto de uma árvore, resolveu fazer uma média com a pantera e foi correndo atrás dela para lhe contar que era tudo armação do cachorro e que ele não era bravo coisíssima nenhuma e que ele estava era totalmente perdido.

A pantera ficou muito irritada com a revelação do macaco e por ter sido enganada por um cachorrinho esperto; pegou o macaco, colocou-o em suas costas e saiu em disparada em direção ao mentiroso, disposta a desmascará-lo e a concretizar seu jantar.

O cãozinho que percebera a manobra do macaco ardiloso, ficou pensando na postura dele que nada tendo a ver com a história o havia delatado. Maldito macaco!

Mas não havia tempo para outro assunto que não fosse a sua sobrevivência, e assim de costas e sentindo novamente a aproximação do felino, teve outra excelente idéia. Falou bem alto para todos pudessem ouvir:

--- Mas que macaco preguiçoso. Faz mais de meia hora que o mandei trazer outra pantera e ele ainda não voltou... Que malandro!


Caros amigos,

Como dizia Einstein, "Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento". Principalmente nos ambientes corporativos, encontramos a todo instante pessoas que personificam cada um dos três personagens da nossa pequena história.
O que fazer nesta grande savana da vida, onde muitos querem devorar os mais fracos? Onde alguns espertalhões querem se aproveitar de algumas situações, para fazerem média com os mais fortes, independente das consequências dos seus atos? O mais apropriado é estar sempre atento aos fatos e usar a imaginação.

Façamos nossos trabalhos, com carinho, apesar dos macacos e das panteras que nos espreitam a cada passo.
Alguns cuidados a serem tomados, à luz da história acima:
1. Cuidado para não perder o foco durante sua viagem com algumas atrações que existem pelo caminho, fique atento a seus objetivos, às pessoas que caminham com você, à direção definida através do planejamento e fique atento aos perigos em regiões desconhecidas.
2. Muito cuidado com os falsos amigos e delatores, que enciumados com o seu sucesso, podem colocar tudo à perder, apenas pelo prazer de vê-lo em dificuldades. Normalmente são os inimigos que nos ajudam a crescer e nos mostram nossas deficiencias, mas o perigo está nos amigos inofensivos que se escondem sob falsas amizades e querem nossas derrotas.
3. Por maior que sejam seus adversários e obstáculos, sempre há uma forma criativa de minimizá-los e superá-los. Use sua imaginação e criatividade. Leia mais, faça bons cursos, desperte sua criatividade. Uma mente que se abre, jamais voltará à posição anterior.
4. Tenha sempre perto de você, os ossos de algum animal grande, isso ainda poderá salver sua vida. (Todo grande animal quando morre, deixa um monte de ossos espalhados, cabe a cada um aproveitar e aprender com a queda do mesmo).

Muitos sucessos e um ótimo safari para todos nós.
Com abraços do Luiz Arantes.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Montanhas nossas de cada dia...

Havia um reino animal cujo rei leão acabara de morrer, deixando o trono vago e três jovens leões para ocupá-lo. Todos sabiam da importância para a bicharada de que o trono fosse logo ocupado, até por questões de segurança perante os reinos vizinhos; assim, realizaram uma reunião para discutir a delicada questão da sucessão, onde tinham mais leões do que trono.

A primeira proposta de que eles deveriam lutar entre si até que apenas um sobrevivesse, foi logo rechaçada pelos jovens leões, pois além de irmãos eram muito amigos; nem lhes passava pela cabeça lutarem até a morte. A reunião continuou noite à dentro em busca de uma solução. Várias foram as idéias apresentadas, mas sempre havia algum incoveniente. Já amanhecia quando o macaco apresentou uma idéia que foi aceita e aplaudida por todos os presentes, inclusive os que estavam cochilando em suas cadeiras:

--- Os três leões deverão escalar a Montanha Terrível; aquele que alcançar o pico em menor tempo, será coroado o nosso rei.

A Montanha Terrível, era muito alta e de difícílimo acesso, era terrível mesmo. Não constava nos anais do reino, algum bicho que houvesse escalado a famigerada montanha. Seria de fato, uma prova de muita força, coragem e determinação. O desafio foi aceito pelos jovens leões e já marcaram a data e horário para a prova.

No dia combinado, milhares de animais cercaram a montanha para assistirem à grande escalada, que seria um grande acontecimento, os presentes testemunhariam um fato histórico.

O primeiro leão tentou a escalada, mas não conseguiu chegar ao topo, foi derrotado.
O segundo leão também tentou a escalada, lutou, mas não conseguiu, também foi derrotado.
O terceiro leão, da mesma forma, tentou, lutou, e... também foi derrotado pela montanha.

O clima era de expectativa e certa decepção entre os bichos, pois continuavam sem rei. Não haviam definido através de uma regra clara, o que fazer no caso dos três competidores serem derrotados. A discussão estava acalorada, quando uma coruja mais velha pediu a palavra para apresentar uma solução.

--- Eu sei quem deverá ser o nosso rei, disse ela.
O silêncio foi geral e grande a expectativa. Todos perguntaram em coro:
--- Qual dos três?
--- É muito simples meus amigos, enquanto os três leões lutavam com suas dificuldades, eu voava entre eles e pude ouvir o que cada um disse à montanha ao final da prova. E a sábia coruja continuou:
--- O primeiro leão disse: "Montanha, você me venceu!"
--- O segundo leão disse: "Montanha, você me venceu!"
--- O terceiro leão também disse que havia sido vencido, mas com uma diferença: Ele olhou para a imensa montanha, que representava a sua dificuldade, e disse-lhe: "Montanha, você me venceu, por enquanto! Você, montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu ainda estou crescendo!" E a coruja continuou:
--- A diferença, é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota, diante da dificuldade. Quem pensa desta forma, é maior que seus problemas, é rei de si mesmo e portanto está preparado para ser rei do outros. Esta é minha proposta.

Os animais aliviados, aplaudiram entusiasticamente as sábias palavras da coruja e a atitude do jovem leão, que foi coroado de imediato.

Meus caros amigos,

Não importa o tamanho das dificuldades ou dos problemas pelos quais tenhamos que passar, eles, na maioria das vezes, já atingiram seus níveis máximos, mas, nós ainda estamos crescendo.

Por maior que sejam nossos desafios, mesmo que juntos pareçam uma montanha terrível, ainda não chegamos ao nosso tamanho máximo, ainda poderemos crescer e muito, dependerá, é claro, de cada um de nós.

Se você está lendo esta pequena história, está em busca de crescimento, está aumentando seu tamanho para enfrentar e vencer obstáculos que porventura possam surgir em sua caminhada.

Nós vivemos num reino dos negócios e com muitas montanhas de dificuldades. Para sermos vencedores, o que importa é a atitude de querer. É fundamental que tenhamos posturas diferentes dos concorrentes e assim alcancemos os picos das montanhas, sendo coroados com os louros do sucesso.

Uma montanha, tem ALTITUDE; nós temos que ter ATITUDE!

Esta é uma fórmula para sermos leões em nossos negócios, em nossas vidas, tendo um reinado de paz e prosperidade.

E não nos esqueçamos: sempre haverá alguém atento às nossas palavras e atitudes, além de nós mesmos, é claro.

Ótima semana e grande abraço do Luiz Arantes.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O verdadeiro valor das pessoas

Fiz uma experiência em uma de minhas palestras, sabendo que não fui o primeiro a realizar tal façanha, mas o que importa é o que poderemos aprender com ela.
Numa sala com aproximadamente 400 pessoas, comecei a palestra mostrando uma cédula de R$ 20,00 e fiz uma pergunta:

--- Quem quer esta nota de R$ 20,00?

Várias mãos se ergueram demonstrando interesse em ganhá-la. E continuei:

--- Realmente darei esta nota a um de vocês, mas antes permitam-me fazer uma coisa.

Assim falando, amassei a nota em uma das minhas mãos e voltei a perguntar aos presentes:

--- Quem ainda quer esta nota?

As mãos continuaram erguidas, atestando a vontade de cada um.

--- E se eu fizer isto com esta cédula? Perguntei, deixando a nota cair no chão e pisando nela, amassando-a e sujando-a toda.

Todas as mãos continuaram da mesma forma, ninguém havia recuado.

Aproveitando o momento, comecei meu assunto, pedindo-lhe que aprendesse com aquela experiência, fazendo um analogia entre aquela cédula e a vida de cada um dos presentes. Disse-lhes:

--- Meus caros amigos, não importa o que eu faça com esta nota, todos vocês continuarão querendo-a, porque ela não perde o seu valor; mesmo estando amassada e suja continuará tendo o seu valor de R$ 20,00.

Ainda me lembro de companheiros concordando com minhas palavras, tentando em vão segurar as lágrimas que lhes escorriam pelo rosto. Aquilo havia tocando profundamente alguns amigos presentes ao evento.


Meus caros amigos,


Isto também acontece conosco. Quantas e quantas vezes somos amassados, pisoteados, ficamos sujos, imundos em função de atitudes de outras pessoas, em vários ambientes e circunstâncias. Nossa primeira reação neste instante é nos desvalorizarmos, acabar com nossa auto-estima. Mas, a exemplo da experiência com a cédula, nosso valor continuará o mesmo. Se tivermos em mente este pensamento, esta crença, sairemos de situações assim, ainda mais valorizados, mais fortalecidos.

Não importa como estamos: sujos ou limpos, bonitos ou amassados, nosso valor não é alterado e tampouco sua importância.

E se você exerce a função de líder, independe de ser na área profissional ou familiar, cuide para não amassar, pisotear, sujar as pessoas à sua volta; faça o contrário, elogie, valorize o lado positivo de cada um.


Desta forma seremos muito mais felizes, ajudando uns aos outros.


Luiz Arantes.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O valor de um anel

Certo dia após a aula, um jovem aluno se aproximou do seu professor e disse-lhe:
--- Professor, estou me sentindo um zero à esquerda, um ninguém; e como me sinto assim tão pequeno, com a auto estima tão baixa, não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que sou desajeitado, lerdo e muito idiota. Como posso melhorar professor? O que poderei fazer para que as pessoas me valorizem mais?
O professor sem mesmo olhá-lo, respondeu:
--- Sinto muito meu jovem, mas agora preciso resolver primeiro o meu próprio problema; talvez depois eu possa ajudá-lo. E fazendo uma pausa, continuou:
--- Se você me ajudar, eu poderei resolver o meu problema mais rapidamente e depois poderemos conversar para tentar resolver o seu; o que acha?
--- Mas é claro professor, gaguejou o jovem, mas se sentiu mais uma vez desvalorizado.

O velho mestre retirou então de um dos dedos um anel que usava, deu-o ao garoto e disse:
--- Monte no seu cavalo e vá até o mercado; quero que venda esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É necessário que você obtenha o máximo de valor que puder, mas não aceite em hipótese nenhuma, menos que uma moeda de ouro. Vá e volte o mais rápido possível e com a moeda de ouro.

O jovem pegou o anel, montou em seu cavalo e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles até olhavam com certo interesse, mas quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel, alguns riam, outros saiam sem ao menos lhe dirigir a palavra e outros o insultavam. Apenas um velhinho foi amável com ele e lhe explicou que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar o anel.

Tentando ajudar o garoto, ofereceram-lhe uma moeda de prata e uma xícara de cobre; mas como seguia as ordens do mestre, ele recusou a oferta. Após oferecer o anel a quase todos que passavam pelo mercado, abatido e com o velho sentimento de fracasso, montou e voltou ao mestre. No caminho, desejou ardentemente ter uma moeda de ouro para que ele mesmo comprasse o anel, livrando seu professor das preocupações e também para receber logo a ajuda desejada e resolver seus problemas.

Entrou na sala do professor e disse:
--- Mestre, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu pela jóia, talvez pudessemos conseguir duas ou três moedas de prata, mas não creio que seja justo enganar as pessoas quanto ao valor do anel, cobrando uma moeda de ouro.
--- O que você me disse é muito importante meu jovem, disse o professor sorrindo. Primeiramente precisamos saber o valor do anel; monte seu cavalo e volte ao mercado, mas dessa vez vá ao joalheiro, quem melhor que ele para saber o valor exato do anel? Diga-lhe que quer vender o anel e pergunte quanto é que ele pagaria. Mas, não importa o quanto ele lhe ofereça, não o venda, volte aqui com o meu anel.

O jovem foi então até o joalheiro, que após examinar a jóia com uma lupa e pesá-la, disse:
--- Diga a seu professor que se ele quiser vender o anel agora, não posso oferecer mais do que 58 moedas de ouro
--- 58 moedas de ouro?! Exclamou o jovem assustado.
--- Sim, respondeu o joalheiro, eu sei que com o tempo poderia oferecer até 70 moedas de ouro, mas se a venda for urgente...

O jovem correu como louco em busca do velho professor para lhe contar o que havia acontecido.
--- Sente-se, disse o professor, e conte-me tudo.
O jovem contou tudo detalhadamente, ainda assustado com o ocorrido. O professor então lhe disse:
--- Você é como esse anel, uma verdadeira jóia, valiosa e única. Só poderá ser avaliado por um especialista. Eu imaginava que a qualquer dia você pudesse sozinho, descobrir o seu verdadeiro valor, mas precisei dar uma ajudazinha... E assim dizendo, colocou o anel novamente em seu dedo.

Amigos,
Somos como esta jóia da história: valiosos e únicos. Muitas vezes, ficamos procurando nos mercados da vida, pessoas despreparadas para nos avaliarem. Nós é que temos que saber o próprio valor. Devemos nos valorizar, realizando a cada dia, nosso trabalho de uma forma melhor, mais eficiente.

Todos somos pessoas muito importantes e valiosas, o grande problema é que a maioria de nós, não sabe disso.

Saibamos reconhecer nossos reais valores, independente das opiniões contrárias, e façamos de tudo para melhorar cada vez mais o nosso brilho, através de atitudes coerentes.

Sejamos jóias cada vez mais valiosas e felizes!
Com abraços: Luiz Arantes




quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A dona morte

Havia um reino em que as pessoas viviam em harmonia e sem grandes preocupações. Tinham um bom rei o qual estava sempre atento às necessidades de seu povo e a tudo que ocorresse em seus domínios; há muito tempo tudo caminhava bem, sem maiores aborrecimentos.

Certo dia, a dona morte chegou a esse reino maravilhoso e através de uma peste começou a ceifar quantas vidas encontrasse pela frente. O monarca tão logo soube do que estava acontecendo, saiu à procura da indesejada visitante, com o objetivo de convencê-la a fazer sua colheita em outros reinos, de preferência bem longe dali.

Ao encontrá-la, argumentou que seu povo era muito bom, pessoas trabalhadoras e pacíficas, que viviam em paz e portanto não merecia ser dizimado daquela forma. Atenta aos argumentos do rei, dona morte percebeu o quanto ele possuia um bom coração e que se preocupava como de praxe, com o bem de seus súditos. Mas, apesar de tudo respondeu ao rei:
--- Majestade, é meu trabalho, cumpro ordens; além do mais, morrer faz parte da vida!

Conversaram bastante como se fossem velhos amigos e por fim, em função dos argumentos do rei em favor de seu povo, combinaram que a morte ceifaria a vida de apenas duas mil pessoas. Desta forma, ambos ficariam satisfeitos.

O monarca voltou ao seu castelo feliz por acreditar ter feito uma ótima negociação, pois seu reino tinha mais de cem mil habitantes. Mas, com o decorrer dos dias o rei se assustou com a quantidade de mortos; segundo levantamento de seus auxiliares já haviam morrido mais de vinte mil pessoas.

Indignado com a quebra do acordo firmado, procurou a dona morte e foi logo dizendo de sua decepção ante o ocorrido. Estava muito aborrecido e o demonstrou claramente, ao que a morte respondeu:
--- Meu amigo, eu cumpri a minha parte do acordo; eu só matei os dois mil combinados, os outros morreram de medo!


Amigos,

Escrevi esta pequena história, pensando no momento em que estamos vivendo, muitos de nós quase morrendo de medo da gripe "A" (H1N1). Como já não bastassem tantos outros medos com os quais convivemos: medo de altura, medo de baratas, medo de morrer, medo de viver, medo de assalto, medo de avião, medo de cachorro, medo de não vender...e tantos outros.

Não quero fazer nenhuma apologia ao descaso, à acomodação, mas sim alertar para que fiquemos mais atentos e não nos deixemos levar pela onda e pelo sensacionalismo dos meios de comunicação. Além de fazer nossa parte em questões como higiene, prevenção e alimentação adequada, temos que acreditar também na proteção de Deus: ninguém parte antes da hora.

Trazendo para os ambientes de nossas empresas, quantas atitudes de medo tem contribuído para uma produção pequena ou resultados desastrosos. Da mesma forma, guardando as devidas cautelas, precisamos ter mais coragem para vencer cada uma das dificuldades que aparecem em nossos caminhos.

Sejamos corajosos e mais felizes!

Com abraços,
Luiz Arantes.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

As ratoeiras da vida...

Em uma fazenda, havia um pequeno rato que olhava pelo buraco da parede e viu quando o fazendeiro abria um pacote de compras. Pensou imediatamente em que tipo de comida poderia haver ali; mas, aterrorizado descobriu que era, na verdade, uma ratoeira novinha.

Saiu correndo e gritando para alertar a todos do perigo iminente. Ao chegar ao galinheiro bradou:

--- Há uma ratoeira na casa, acabaram de comprar, uma enorme ratoeira!

A galinha calmamente respondeu-lhe:
--- Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato saiu em disparada em direção ao porco, que descansava na pocilga e lhe disse:
--- Há uma enorme ratoeira na casa, uma ratoeira!

Então, calmamente o porco respondeu:
--- Queira desculpar-me Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.
Fique tranquilo que o senhor será lembrado em minhas preces.

O rato se dirigiu então ao estábulo onde estava a vaca e lhe suplicou:
--- Socorro, há uma ratoeira na casa, uma grande ratoeira!

A vaca lhe respondeu:
--- O que foi Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso eu estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro...
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima...

A mulher do fazendeiro se levantou e saiu correndo para ver o que havia pegado na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. A cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital da cidade, mas ela voltou com muita febre. Para fortalecê-la e amenizar a febre, nada melhor que uma canja de galinha. Então o fazendeiro, com uma grande faca nas mãos, foi ao galinheiro em busca do ingrediente principal da canja, a galinha.

Como a mulher continuasse enferma, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Então para alimentar as pessoas, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou falecendo. Muita gente veio para o funeral. Assim o fazendeiro sacrificou a vaca para poder alimentar todo aquele povo.

Meus amigos,

Na próxima vez em que ouvirmos alguém dizendo que está diante de um problema e imaginarmos que isso não nos diz respeito, lembremo-nos de que sempre que houver uma ratoeira, todos correremos risco.

As dificuldades e os problemas de cada membro de uma equipe são de todos que a compoem. Ao convivermos em equipe, deveremos cuidar uns dos outros, só assim teremos uma equipe de alta performance.

A solidariedade se comprova em momentos de dificuldades por pessoas que fazem parte de nossas equipes. Mais do que nunca, com a globalização, os problemas surgidos do outro lado do planeta acabam nos afetando, imginemos se eles surgirem em nossas empresas, em nossos grupos, em nossas equipes, em nossos times.
Outro pensamento que me ocorreu, é de que quando formos pedir ajuda aos outros, será de suma importância enumerarmos os benefícios e os malefícios que todos poderemos ter com tal fato, asssim nosso poder de convencimento poderá aumentar e muito.
Cuidemos uns dos outros em nossas caminhadas, independente das ratoeiras que possam surgir, assim, poderemos ser muito mais felizes.

Com abraços e votos de incontáveis sucessos nesta fazenda global em que vivemos.

Luiz Arantes.

sábado, 15 de agosto de 2009

A importância de se afiar os machados

Conta-se que no Canadá, há algumas décadas, um dos eventos mais concorridos era o campeonato anual de cortadores de lenha. Era um acontecimento muito aguardado por todos os lenhadores do pais. Seria vencedor aquele competidor que durante um dia inteiro de trabalho, conseguisse cortar e amontoar a maior quantidade de madeira; havia uma medida padrão para as madeiras cortadas. Na data previamente anunciada, reuniam-se os melhores lenhadores para a disputa.
Num desses eventos, lá estavam perfilados lado a lado os mais famosos profissionais da área, com seus machados em punho e uma imensa floresta de pinheiros pela frente, aguardando-os. Entre eles havia um veterano chamado Bill, imbatível nos últimos anos, e a seu lado um jovem fortíssimo chamado Thoby. O sonho de Thoby era desbancar o Bill e se tornar famoso em todo o pais; desta forma, preferiu se colocar ao seu lado para vigiar todos os seus movimentos.
Ao sinal dos juízes, começaram a disputa. Após as primeiras horas de trabalho, já ficara claro o favoritismo de Bill e Thoby, um pela larga experiência e o outro pelo vigor físico. Os seus montes de lenha já cortados e devidamente amontoados, eram muito maiores que os demais concorrentes.
Tal fato entusiasmou ainda mais o jovem Thoby, além de ter apenas um concorrente, a cada vez que olhava seu oponente, via o velho Bill sentado, aparentemente descansando. E como tal fato se repetisse durante muitos momentos da competição, a idéia da vitória já mexia com a cabeça do jovem, crente que seu momento havia chegado.
E assim, durante todo o dia, continuaram cortando suas árvores. Ao final, quando os juízes mediram os respectivos montes, veio a grande surpresa para o jovem Thoby: Bill ganhara mais uma vez. Incrédulo, visivelmente aborrecido, o rapaz passou a questionar o resultado, acreditando ter sido lesado pelos juízes. Durante a discussão ele comentou:
--- Como pode ser justo tal resultado, se em vários momentos do dia eu vi o Bill sentado descansando, enquanto eu continuava trabalhando sem parar? Eu parei apenas para um pequeno lanche...
Diante dos argumentos do jovem, o veterano Bill, respondeu amigavelmente:
--- Foi aí que você perdeu meu caro jovem; cada vez que você me viu sentado, eu estava afiando o meu machado, e não descansando simplesmente. E o seu machado, como é que está? Você o afiou alguma vez?
Desolado, o rapaz compreendeu a lição: de nada adiantaram seus esforços para superar seu concorrente, pois sua ferramenta estava inadequada!

Caros amigos,

O machado poderá ser cada uma das ferramentas que usamos em nossas atividades profissionais ou pessoais. A exemplo do veterano da história, é de suma importância que estejamos com nossas ferramentas muito bem preparadas, afiadas, prontas para os desafios.
Uma das formas para afiar machados na vida profissional, seria a busca por qualificação, em treinamentos, reuniões, leituras, pesquisas ou troca de experiências. Nunca nos esqueçamos de que uma das ferramentas mais importantes que possuimos e que também necessita ser afiada, é a nossa mente.
Uma empresa que souber associar a experiência dos mais velhos, com o vigor e vontade dos mais jovens, terá amplas alternativas de fazer sucesso.
É salutar que os profissionais veteranos, com mais experiências, possam passar aos mais jovens, o aprendizado adquirido ao longo de vários anos e de várias realizações, errando e acertando.
Um recado para os jovens é que jamais desprezem os conhecimentos dos mais velhos, mas ao contrário, possam associá-los aos novos conhecimentos e energia peculiares à juventude.
Uma outra reflexão, é sobre o planejamento como forma de se definir as ferramenteas apropriadas para cada projeto, para cada desafio. Abraham Lincoln, já dizia: "Se eu tivesse nove horas para cortar uma árvore, passaria seis horas afiando o meu machado"
Com votos de muitos sucessos e paz,

Luiz Arantes.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fábula dos talentos escondidos

Certo dia, preocupados com o que os homens fariam se descobrissem seus verdadeiros talentos, temendo inclusive uma concorrência, os deuses do Olimpo discutiam sobre o que fazer com os talentos dos homens. Após várias idéias, optaram para escondê-los em um local em que fosse impossível aos homens encontrá-los.

Um deus sugeriu que fossem escondidos nas profundezas dos oceanos, pois assim ficariam seguros. Mas, outro deus discordou dizendo:

--- Não creio que seja um bom local; os homesn construirão submarinos e descerão às profundezas dos mares e oceanos e encontrarão os talentos. Deveríamos escondê-los nas estrelas. Outro deus, porém, retrucou:

--- Da mesma forma, os homens construirão foguetes e naves espaciais, realizarão viagens e acabarão por encontrar os talentos.

E assim, os deuses continuaram discutindo em busca de um lugar seguro e longe do alcance dos homens; sempre que um deles sugeria um bom lugar, percebiam que o mesmo não seria seguro o suficiente. Após várias sugestões descartadas, um deles disse:

--- Já sei, escondamos os talentos dentro dos próprios homens, desta forma, eles jamais os encontrarão!...

O entusiasmo foi geral, a idéia era de fato excelente: os homens jamais iriam olhar dentro de si mesmos à procura de conhecimento, desenvolvimento e progresso.

E assim, o fizeram: esconderam dentro de nós, nossos próprios talentos, para que jamais os encontrássemos, evitando assim problemas futuros para os deuses.


Meus amigos,

Diante de tantas pessoas infelizes que encontro por todo canto, fica a pergunta: será que eles, os deuses, não teriam escondido também a alegria em um cantinho dentro de nós? Caso contrário, como justificar tanta gente infeliz, derrotada, desanimada e triste?

Muitas pessoas descobriram que chamam a atenção dos demais quando estão tristes, e assim fizeram desse estado de espírito, uma constante em suas vidas. O que não descobriram ainda, é que quando somos felizes, também chamamos a atenção.

Apesar de ser uma fábula, e bastante singela, cabe aqui uma boa reflexão sobre o quão pouco conhecemos de nós mesmos, e principalmente, que a condição de crescer de progredir, de melhorar, está dentro de nós e em nenhum outro lugar.

Descubramos nossos verdadeiros talentos e sejamos a cada dia, mais felizes.
Com abraços,
Luiz Arantes.

sábado, 1 de agosto de 2009

O pacote de biscoitos


Uma jovem estava à espera de seu voo num aeroporto. Como teria que esperar por muito tempo a conexão, comprou um bom livro para ocupar seu tempo de forma produtiva e também um pacote de biscoitos para degustar durante a leitura e a espera.

Dirigiu-se á sala de embarque e lá se acomodou da melhor maneira possível em uma poltrona, onde pretendia descansar e ler em paz. Logo sentou-se a seu lado um homem que também começou a ler uma revista.

Quando ela pegou o seu primeiro biscoito, percebeu que o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas nada falou ao homem, apenas pensou:
--- Mas que cara mais folgado! Como é que pode? E continuou sua leitura apesar de desconcentrada e indignada.

A cada biscoito que ela pegava no pacote, o "folgado" também pegava um. Ela começou a ficar tão irritada que não conseguia ler e estava a ponto de falar umas boas para o homem a seu lado. Após algum tempo, ela olhou para o pacote e viu que só havia um biscoito; então ela ficou imaginando o que é que o "cara-de-pau" faria. Então aconteceu o inesperado: o homem pegou o biscoito, dividiu-o ao meio e deixou a outra metade para ela no pacote. O sangue da jovem lhe subia à cabeça, ficou ruborizada e nervosíssima; aquilo era demais...

Sua vontade era provocar uma cena, falar algumas verdades para o "folgado" e ajudá-lo a se colocar em seu devido lugar. Mas preferiu pegar sua bagagem de mão, seu livro e demonstrando extrema fúria, se dirigiu ao portão de embarque pisando com tamanha força no chão que chamou a atenção de várias pessoas.

Quando finalmente se sentou em sua poltrona no avião e já mais calma, abriu sua bolsa para guardar o ticket de bagagem, e, para sua surpresa, lá estava intacto o seu pacote de biscoitos! Sentiu tamanha vergonha que queria se afundar na poltrona e se esconder de todos. Ela havia se esquecido que guardara o pacote de biscoitos na bolsa e durante todo o tempo, aquele homem que ela considerara um "folgado" havia dividido o pacote dele com ela sem se sentir nervoso, indiganado ou irritado... E o pior de tudo é que não havia mais tempo para pedir desculpas ao homem. E durante toda a viagem, a vergonha e o arrependimento a acompanharam.

Meus caros amigos,

Antes de tirar nossas conclusões, observemos melhor cada situação, colocando-nos no lugar das outras pessoas ao nosso lado. Nem sempre nossa verdade está acima da verdade das outras pessoas, e nem sempre aquilo que pensamos é a verdade.

Tal princípio se aplica nas empresas, em nossas famílias, em nossos grupos de amigos e na sociedade em geral. Ao agirmos de forma mais equilibrada, seremos pessoas mais saudáveis, amigáveis e felizes.


Com abraços do Luiz Arantes

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Decisões difíceis...

Um homem havia se perdido num deserto; cansado e deseperado caminhava sem rumo e estava prestes a morrer de sede. De repente, para sua alegria, encontrou uma cabana abandonada. A velha cabana estava vazia, mas havia alguma sombra onde ele poderia se acomodar e recuperar um pouco de suas escassas energias.

Passados alguns minutos, percebeu que num canto da cabana havia uma velha bomba d'água, toda enferrujada e aparentando inutilidade.
Com um resto de esperança e extremo esforço, o viajante se aproximou da velha bomba e começou a bombeá-la com todas as suas forças, mas nada aconteceu. Então ele viu que ao lado da bomba, quase enterrada pela areia, havia uma velha garrafa cheia d'água, com um bilhete que dizia:

"Você precisa primeiro preparar a bomba colocando nela toda a água desta garrafa, aí sim obterá sua água. Por favor, antes de partir, encha novamente a garrafa para outro viajante".

Ele se viu diante de um dilema, uma decisão muito difícil de se tomar. Desejava a água mais do que qualquer outra coisa para amenizar sua sede e continuar vivo, mas o bilhete lhe pedia para despejar toda a água na velha bomba, se a quisesse de volta e em abundância. Deveria desprezar a mensagem e seguir seu instinto de sobrevivência? O que fazer? E se a bomba não funcionasse?
Relutante, despejou toda a água da garrafa na velha bomba e começou a bombear. De repente, após um barulho seco de metal, um filete de água apareceu, depois um pequeno fluxo e finalmente jorrou água em abundância, pura e cristalina. Ele bebeu toda a água de que precisava, descansou bastante e encheu a garrafa novamente para o próximo viajante que dela pudesse precisar.

Antes de partir, escreveu algumas palavras a mais no velho bilhete:
"Acredite, funciona mesmo! Você precisa doar toda água encontrada antes de obtê-la de volta e em abundância"

Queridos amigos,

Em nossas viagens pelos caminhos desta vida, sejam desérticos ou não, precisaremos assumir alguns riscos e também confiar, acreditar naqueles que nos antecederam e em nossa intuição.
Muitas pessoas deixaram para nós, muitos conhecimentos, muitos ensinamentos que também lhes foram confiados um dia, saibamos usá-los com sabedoria em cada uma das nossas paradas e acima de tudo, tenhamos a atitude de deixar para gerações vindouras, algumas experiências que possam lhes ajudar. Nada é de graça; aquilo que recebermos, se multiplicará se o distribuirmos.
Em muitos momentos, também deveremos tomar atitudes que talvez signifiquem viver ou desaparecer, mas usando nossa boa intuição, poderemos tomá-las de forma correta; e isso acontece em diversos momentos de nossas atividades profissionais. Será necessário sabedoria, buscar a experiência dos mais velhos, planejar, analisar as alternativas e agir.

Em nossas vidas, quanto mais doarmos, mais receberemos de volta. Esta é uma lei imutável do universo. Sejamos muito felizes compartilhando nossos conhecimentos e experiências, adquiridos pela bondade daqueles que trilharam os caminhos por onde hoje estamos viajando.

Com abraços,
Luiz Arantes