sábado, 15 de agosto de 2009

A importância de se afiar os machados

Conta-se que no Canadá, há algumas décadas, um dos eventos mais concorridos era o campeonato anual de cortadores de lenha. Era um acontecimento muito aguardado por todos os lenhadores do pais. Seria vencedor aquele competidor que durante um dia inteiro de trabalho, conseguisse cortar e amontoar a maior quantidade de madeira; havia uma medida padrão para as madeiras cortadas. Na data previamente anunciada, reuniam-se os melhores lenhadores para a disputa.
Num desses eventos, lá estavam perfilados lado a lado os mais famosos profissionais da área, com seus machados em punho e uma imensa floresta de pinheiros pela frente, aguardando-os. Entre eles havia um veterano chamado Bill, imbatível nos últimos anos, e a seu lado um jovem fortíssimo chamado Thoby. O sonho de Thoby era desbancar o Bill e se tornar famoso em todo o pais; desta forma, preferiu se colocar ao seu lado para vigiar todos os seus movimentos.
Ao sinal dos juízes, começaram a disputa. Após as primeiras horas de trabalho, já ficara claro o favoritismo de Bill e Thoby, um pela larga experiência e o outro pelo vigor físico. Os seus montes de lenha já cortados e devidamente amontoados, eram muito maiores que os demais concorrentes.
Tal fato entusiasmou ainda mais o jovem Thoby, além de ter apenas um concorrente, a cada vez que olhava seu oponente, via o velho Bill sentado, aparentemente descansando. E como tal fato se repetisse durante muitos momentos da competição, a idéia da vitória já mexia com a cabeça do jovem, crente que seu momento havia chegado.
E assim, durante todo o dia, continuaram cortando suas árvores. Ao final, quando os juízes mediram os respectivos montes, veio a grande surpresa para o jovem Thoby: Bill ganhara mais uma vez. Incrédulo, visivelmente aborrecido, o rapaz passou a questionar o resultado, acreditando ter sido lesado pelos juízes. Durante a discussão ele comentou:
--- Como pode ser justo tal resultado, se em vários momentos do dia eu vi o Bill sentado descansando, enquanto eu continuava trabalhando sem parar? Eu parei apenas para um pequeno lanche...
Diante dos argumentos do jovem, o veterano Bill, respondeu amigavelmente:
--- Foi aí que você perdeu meu caro jovem; cada vez que você me viu sentado, eu estava afiando o meu machado, e não descansando simplesmente. E o seu machado, como é que está? Você o afiou alguma vez?
Desolado, o rapaz compreendeu a lição: de nada adiantaram seus esforços para superar seu concorrente, pois sua ferramenta estava inadequada!

Caros amigos,

O machado poderá ser cada uma das ferramentas que usamos em nossas atividades profissionais ou pessoais. A exemplo do veterano da história, é de suma importância que estejamos com nossas ferramentas muito bem preparadas, afiadas, prontas para os desafios.
Uma das formas para afiar machados na vida profissional, seria a busca por qualificação, em treinamentos, reuniões, leituras, pesquisas ou troca de experiências. Nunca nos esqueçamos de que uma das ferramentas mais importantes que possuimos e que também necessita ser afiada, é a nossa mente.
Uma empresa que souber associar a experiência dos mais velhos, com o vigor e vontade dos mais jovens, terá amplas alternativas de fazer sucesso.
É salutar que os profissionais veteranos, com mais experiências, possam passar aos mais jovens, o aprendizado adquirido ao longo de vários anos e de várias realizações, errando e acertando.
Um recado para os jovens é que jamais desprezem os conhecimentos dos mais velhos, mas ao contrário, possam associá-los aos novos conhecimentos e energia peculiares à juventude.
Uma outra reflexão, é sobre o planejamento como forma de se definir as ferramenteas apropriadas para cada projeto, para cada desafio. Abraham Lincoln, já dizia: "Se eu tivesse nove horas para cortar uma árvore, passaria seis horas afiando o meu machado"
Com votos de muitos sucessos e paz,

Luiz Arantes.

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