sábado, 1 de agosto de 2009

O pacote de biscoitos


Uma jovem estava à espera de seu voo num aeroporto. Como teria que esperar por muito tempo a conexão, comprou um bom livro para ocupar seu tempo de forma produtiva e também um pacote de biscoitos para degustar durante a leitura e a espera.

Dirigiu-se á sala de embarque e lá se acomodou da melhor maneira possível em uma poltrona, onde pretendia descansar e ler em paz. Logo sentou-se a seu lado um homem que também começou a ler uma revista.

Quando ela pegou o seu primeiro biscoito, percebeu que o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas nada falou ao homem, apenas pensou:
--- Mas que cara mais folgado! Como é que pode? E continuou sua leitura apesar de desconcentrada e indignada.

A cada biscoito que ela pegava no pacote, o "folgado" também pegava um. Ela começou a ficar tão irritada que não conseguia ler e estava a ponto de falar umas boas para o homem a seu lado. Após algum tempo, ela olhou para o pacote e viu que só havia um biscoito; então ela ficou imaginando o que é que o "cara-de-pau" faria. Então aconteceu o inesperado: o homem pegou o biscoito, dividiu-o ao meio e deixou a outra metade para ela no pacote. O sangue da jovem lhe subia à cabeça, ficou ruborizada e nervosíssima; aquilo era demais...

Sua vontade era provocar uma cena, falar algumas verdades para o "folgado" e ajudá-lo a se colocar em seu devido lugar. Mas preferiu pegar sua bagagem de mão, seu livro e demonstrando extrema fúria, se dirigiu ao portão de embarque pisando com tamanha força no chão que chamou a atenção de várias pessoas.

Quando finalmente se sentou em sua poltrona no avião e já mais calma, abriu sua bolsa para guardar o ticket de bagagem, e, para sua surpresa, lá estava intacto o seu pacote de biscoitos! Sentiu tamanha vergonha que queria se afundar na poltrona e se esconder de todos. Ela havia se esquecido que guardara o pacote de biscoitos na bolsa e durante todo o tempo, aquele homem que ela considerara um "folgado" havia dividido o pacote dele com ela sem se sentir nervoso, indiganado ou irritado... E o pior de tudo é que não havia mais tempo para pedir desculpas ao homem. E durante toda a viagem, a vergonha e o arrependimento a acompanharam.

Meus caros amigos,

Antes de tirar nossas conclusões, observemos melhor cada situação, colocando-nos no lugar das outras pessoas ao nosso lado. Nem sempre nossa verdade está acima da verdade das outras pessoas, e nem sempre aquilo que pensamos é a verdade.

Tal princípio se aplica nas empresas, em nossas famílias, em nossos grupos de amigos e na sociedade em geral. Ao agirmos de forma mais equilibrada, seremos pessoas mais saudáveis, amigáveis e felizes.


Com abraços do Luiz Arantes

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