domingo, 18 de julho de 2010

Pesadelo, jogadores de futebol e vendedores.

Tanto pensei no assunto que acabei sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo. Foi assim, que como num passe de mágica, a seleção da CBF/Nike fazia parte de minha equipe de vendas. Era um pesadelo sim, pois da atual seleção, com exceção de dois ou três atletas nos quais eu teria coragem de investir para transformá-los em bons vendedores, jamais queria tê-los em uma equipe de vendas sob a minha responsabilidade. Pense numa equipe de vendas, que a exemplo da seleção da CBF/Nike, faltasse a seus integrantes garra, vontade, determinação e amor à equipe e à empresa?

Interessante que em meu pesadelo, eu não consegui ver a figura do técnico que no caso seria o gerente ou diretor de vendas, o líder da equipe. Também pudera, nem na apresentação pessoal, o contratado da CBF acertou; quem gostaria de ir com um gerente de vendas com aqueles trajes visitar um cliente? Como diriam no interior de Minas, “Deusquemelivre”...

Jogadores de futebol e vendedores possuem muitas coisas em comum:

=> Ambos necessitam conhecer bem os adversários, os concorrentes e os clientes. Sem o conhecimento pleno dos mesmos, é impossível realizar um bom trabalho, uma boa partida, um bom campeonato, atingir os objetivos de vendas, obter sucessos.

=> Tantos jogadores quanto vendedores, tem que dominar e usar muito bem suas ferramentas de trabalho: bola, regras, campo, chuteiras e posições. Para os outros, programas, pesquisas, produtos, vantagens, beneícios, técnicas de abordagens e de vendas, logística, notebook e similares.

=> Os dois tipos de profissionais são obrigados a conhecer bem seus companheiros, seus dirigentes e buscar o sucesso em equipe, obter alta performance em detrimento do personalismo.

=> Para serem vencedores em suas carreiras, vendedores e jogadores precisam ter planos de ação bem definidos, planejamento estratégico para cada momento, para cada jogada, para cada partida. Impossível a sobrevivência nestas duas áreas sem que haja um plano de trabalho minucioso, detalhado, a curto, médio e longo prazo.

=> Ambos necessitam de um bom preparo físico, que lhes possibilite o pleno exercício de suas atividades. Ambos tem que usar bem suas forças mentais além de simplesmente as físicas.

=> É indispensável que os líderes destas equipes também se preparem em todos os sentidos, primando pelo planejamento, optando por estratégias adequadas e tendo outras de reserva para usar em momentos que se fizerem necessários.

=> O pensamento desses líderes tem que ser de conhecimento de todos os liderados, para que juntos possam buscar os melhores resultados e atingir objetivos. Nos dois exemplos, há que se ter substitutos à ltura em caso de substituições.

=> Vendedores e jogadores tem que ter a consciência de que há um sem número de pessoas que dependem dos mesmos e que torcem intensamente pelo sucesso deles. No futebol existem quase 200 milhões de envolvidos, nas empresas, todos os integrantes dos demais departamentos.


Foi um sonho, ou melhor, um pesadelo, mas as reflexões são verdadeiras e foram realizadas em momentos de muita lucidez. Mudanças serão necessárias em ambas áreas de atuação dos profissionais citados, temos condições plenas de realizá-las.

Desejo sucesso e incontáveis vitórias a todos, e que em nosso Brasil e em nossas empresas, tenhamos muitas alegrias com aqueles que nos representam.


Luiz Arantes

quinta-feira, 11 de março de 2010

Aprendendo com as moscas...

Esta semana, ao participar de um grupo de estudos, uma frase chamou-me a atenção e ficou a martelar minha mente. Gostaria de compartilhá-la com você, não para martelar sua mente, mas para ajudar em suas próximas reflexões sobre alguns tópicos da vida:
"As moscas são atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão"


No caso, os focos indesejáveis de corrupção são os nossos pensamentos negativos e as moscas, as consequências de tais pensamentos. De fato, através de nossos pensamentos atraímos o tempo todo coisas boas e más; dependerão de nós a qualidade dos mesmos e os frutos advindos deles.

É uma incoerência de nossa parte, querermos uma vida salutar, de progresso, de evolução, de sucessos e alimentarmos nossa mente com pensamentos contrários a tudo o que queremos. E muitos de nós ainda tentamos colocar a culpa de nossos fracassos nos outros.

Como poderemos fazer com que nosso carro funcione se nele colocarmos combustível inadequado? De que adiantaria se enchessemos o seu tanque com vinagre, por exemplo, se na verdade ele necessitasse de outro elemento combustível? Assim também é nossa vida, não só pessoal, mas principalmente profissional. Temos que usar o combustível certo a todo o momento; e nosso combustível correto é o conjunto de nossos bons pensamentos, positivos, de esperança e de fé.

Em 2010 teremos um grande desafio pela frente: as eleições. Impossível não relacionarmos a palavra corrupção com as atitudes de muitos de nossos políticos atuais; e as moscas consequentes dessas corrupções estão espalhadas por todos os lados; se destruirmos os agentes delas, as moscas desaparecerão e teremos um país dos sonhos de todos nós.

Tenhamos uma vida honrada, moralmente correta, plena de pensamentos felizes e positivos, assim as moscas indesejáveis desaparecerão. Apenas mudando a qualidade de nossos pensamentos, mudaremos o mundo!


Com abraços e votos e uma vida sem moscas,


Luiz Arantes.


(Frase extraída do livro: A Gênese, de Allan Kardec, cap. XIV, item 21)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

As empresas e as escolas de samba...

Talvez você nunca me veja desfilando numa escola de samba ou na avenida assistindo a um desfile; mas isso não me impede de aprender com as escolas que fazem do carnaval sua apoteose.

Impossível assistir a um desfile pela TV sem pensar no quanto seria bom que nossas empresas se assemelhassem a elas. Pensando no aprendizado, focarei os pontos positivos das escolas fazendo uma reflexão sobre os mesmos. Tal reflexão também se aplica a todos os profissionais de uma empresa.

1. Nas escolas há uma preparação minuciosa, um planejamento detalhado sobre cada uma das áreas que lhe são pertinentes: enredo, alegorias, número de componentes, inovação, madrinha, homenageados, alas, comissão de frente, a bateria e os cantores. Assim também nas empresas temos que nos envolver nos planejamentos em todas as áreas da mesma: produção, marketing, vendas, administração, finanças e logística.

2. A alegria é a marca registrada das escolas nos desfiles em qualquer sambódromo. Nas empresas estamos perdendo a alegria, trocando-a por caras sisudas e sem brilho nos olhos. Numa escola de samba, todos cantam a mesma música, ou seja o mesmo samba enredo, com muita energia e entusiasmo. Quem dera cantássemos nas empresas e a mesma canção, com o mesmo entusiasmo!

3. Há um ritmo ditado pelas baterias e que conduzem cada escola durante seus desfiles. Quisera que as empresas também tivessem um bom ritmo e todos os seus profissionais o seguissem durante os desfiles pelas avenidas do mercado. Os ritmos nas empresas são as razões de existir de cada uma delas e as impulsionam à frente.

4. Nas escolas há um verdadeiro trabalho em equipe onde cada um dos seus componentes tem a certeza de que deverá dar o melhor de si, visando o sucesso no desfile e no campeonato. Em cada ala, os líderes ajudam na evolução natural da escola. Não seria fantástico que as empresas também tivessem a mesma postura? E da mesma forma seus colaboradores?

5. As escolas realizam verdadeiras evoluções durante os desfiles, nas empresas também precisamos buscar a evolução constante em todos os sentidos, com novos produtos, novos serviços, novas tecnologias, novos conceitos e muito mais qualificação. Os ensaios nas escolas duram o ano todo, visando seus objetivos.

6. Em cada desfile, as escolas contam suas histórias, resgatam e valorizam o próprio passado, além de homenagearem cidades, enaltecerem personagens da história de vários países. Adoraria que nossas empresas também tivessem mais preocupação em manter suas histórias, suas lembranças, valorizando suas lutas e as pessoas que as ajudaram a crescer. Deveríamos fazer como as escolas ao dar lugar de destaque aos que fizeram parte da história da mesma, ou seja, a velha guarda, aproveitando assim a experiência dos mais velhos.

7. Finalmente gostaria de destacar a vontade de ganhar com a qual as escolas entram na avenida, no pensamento firme de cada integrante, para os quais só a vitória interessa. Que tal se em nossas empresas também fosse assim, que começassemos cada dia com a vontade de vencer mais desafios, superar concorrentes e conquistar mais clientes? Imagine se cada colaborador de cada empresa tivesse essa visão: ganhar através de um trabalho bem feito, bonito, inovador e no ritmo certo, fazendo a torcida ir ao delírio!

Bem meus amigos, desculpem-me, mas já está começando um desfile pela TV e eu quero aprender com mais essa escola! Vamos torcer para que neste ano de desfiles, tenhamos muitas empresas se assemelhando às escolas de samba!


Com abraços,
Luiz Arantes.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Os porcos espinhos

Conta-se que em eras glaciais, em que o inverno era quase insuportável, uma manada de porcos espinhos, na tentativa de sobreviver ao frio intenso, começou a se unir num recanto apropriado, juntando-se mais e mais. Desta forma, cada um deles poderia absorver um pouco do calor que emanava do corpo do outro. Unidos se aqueciam e conseguiam sobreviver enfrentando tão brutal inverno por muito mais tempo.

Mas por ironia do destino, os espinhos de cada um deles, principalmente dos mais próximos, justamente os que forneciam o calor vital, começaram a ferir uns aos outros. Quanto mais tentavam de forma brutal de livrar dos espinhos dos companheiros, mais feriam uns aos outros. Então, sairam para seus cantos, magoados e feridos; dispersaram-se por não suportarem a dor dos espinhos dos companheiros.

Separados e sem o calor da manada, começaram a morrer congelados; aquela havia sido uma decisão equivocada para solucionarem seus problemas, suas dores, suas intolerâncias.

Com o tempo, aqueles que sobreviveram ao frio tiveram que tomar uma decisão: morrerem congelados ou voltar ao grupo aceitando os espinhos de cada um. Optaram por voltar e procurar os companheiros, mas desta vez, com mais cautela, mantendo uma distância segura que lhes propiciasse o calor vital, mas que não lhes ferisse, não lhes magoasse.

Assim, aprenderam a aceitar uns aos outros com seus espinhos, mesmo que com pequenas feridas, mas absorvendo o calor necessário de cada qual; juntos superaram o frio e sobreviveram.


Amigos,

Nós também, a exemplo dos porcos espinhos, vivemos em grupos, em equipes. Seja nos ambientes de trabalho, nos ambientes familiares ou sociais, se não aceitarmos as pessoas como elas de fato são, com sua imperfeições, com seus espinhos, dificilmente sobreviveremos e deixaremos de absorver as coisas boas que emanam de cada qual, fundamentais para nossa evolução e sobrevivência.

Os melhores grupos não os que tem membros perfeitos, sem defeitos, mas sim aqueles em que as pessoas, apesar das diferenças, aprendem a aceitar uns aos outros com as deficiências que todos possuímos. Esta é a melhor forma de crescimento. Lembremo-nos de que as pessoas que mais ferimos e magoamos são as que estão mais próximas de nós!

Sucessos a todos! Que nós consigamos passar juntos os próximos invernos, felizes e aceitando uns aos outros com todas as dificuldades e pedindo que nos perdoem por nossos espinhos.

Luiz Arantes

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um gato para meditação

Conta uma lenda zen, a história de um mestre que vivia num monastério e ao entardecer quando se dirigia ao templo para a meditação diária, seu gato de estimação o incomodava com seus miados e pulos. Com o tempo, as travessuras do gato passaram a incomodar também os discípulos, desconcentrando-os.
Certo dia o mestre pediu que amarrassem o gato numa árvore do lado de fora do templo e assim pudessem meditar em paz. Como o resultado houvesse sido positivo, todos os dias alguém era escalado para desempenhar aquela importante tarefa de amarrar o felino.
E assim os anos se passaram e a cena se repetia, até que o velho mestre faleceu. Ao escolherem outro mestre, continuaram amarrando o gato na velha árvore durante a meditação. Com o tempo o gato também morreu e tiveram que arrumar outro gato para continuar desempenhando o seu relevante papel.
Durante séculos, com a chegada de novos discípulos e novos mestres, que ignoravam a razão de tão estranho procedimento, continuaram com o mesmo ritual: mestre e discípulos em meditação, gato amarrado na árvore.
Conta-se que cem anos depois da existência do primeiro mestre, alguém escreveu um belo tratado sobre a importância de se ter um gato amarrado a uma árvore para se obter uma boa meditação!
Amigos,
Esta pequena história me faz pensar em muitos profissionais e até empresas, que fazem as coisas sem ao menos se darem ao trabalho de saber o porquê.
Quantas pessoas e empresas permanecem amarradas não a árvores, mas ao seu passado, resistentes a mudanças, em muitos casos em decorrência de processos burocráticos burros e não se libertam do peso do passado, perdendo incontáveis oportunidades de progresso.
Que ao iniciar este novo ano, pensemos em algumas de nossas atitudes, evitando situações como da história, para que possamos ser mais realistas e felizes.
Abraços do Luiz Arantes.