quinta-feira, 23 de abril de 2009

Festa para enterro do gato


Todos nós, de alguma forma, somos vendedores; estamos sempre vendendo alguma coisa: nossa imagem, nosso nome, nossas qualificações, nossos produtos, nossos serviços, nossas idéias e tantas outras coisas. Com esta mini palestra, quero homenagear todos aqueles que são hábeis vendedores de idéias. Confira:

Um profissional de vendas estava visitando sua clientela, quando sua esposa o chamou ao telefone, contando que o gatinho de estimação do filho deles havia caído num poço d'água e morrido. O filho, segundo ela, estava desesperado e aos prantos.

Ao se dirigir para casa, o profissional ficou imaginando uma forma de consolar o filho. Assim, decidiu tratá-lo como se fosse um de seus clientes com um problema sério para resolver. Ao encontrar o filho aos prantos, comentou:
--- Meu filho, sei exatamente o que você está sentindo e entendo perfeitamente sua dor. Quando eu tinha sua idade, perdi meu cachorrinho de estimação, atropelado por um carro; só eu sei o quanto eu sofri na época...

Ao ouvir os argumentos do pai, o garoto já ficou mais tranquilo, sentindo-se bem melhor, ao encontrar, finalmente, alguém que soubesse e entendesse seu martírio. Era ponto para o pai, que continuou:

--- Veja bem, meu filho, esta é uma situação horrível, nada mais poderemos fazer neste caso. Mas que tal se você encontrasse um cantinho no nosso quintal para enterrarmos o seu gatinho? Poderemos convidar seus amiguinhos e assim fazermos uma bela festa de despedida para ele; podemos comprar cachorro quente, pipoca, sorvete e refrigerantes, o que você acha da idéia?

--- Ôba, que legal! Respondeu o moleque com os olhos brilhando.

--- Então façamos o seguinte, disse o pai, retire o gato do poço, chame seus amigos enquanto eu vou ao mercado comprar tudo. Era mais um ponto para o pai.

E assim fizeram. Quando o campeão de vendas voltou com as compras, encontrou o filho assustado, com cara de decepção e choramingando:

--- Pai, quando fui tirar o gato do poço para fazermos a festa, vi que o danado estava vivo!

--- Que maravilha filho, fico feliz por estar tudo bem, ponderou o pai.

E para espanto do profissional, o pirralho respondeu:

--- Pai, será que não dá prá gente matar o gato?!

Meus amigos, nem sempre os nossos cliente verbalizam aquilo que de fato querem; mas se tivermos habilidade suficiente, poderemos descobrir o que os incomoda, as suas decepções, suas reclamações e suas necessidades.

A melhor alternativa ainda é ficarmos ao lado deles, usando de empatia para entender seus sentimentos e com propostas criativas e oportunas, oferecermos soluções aos seus anseios e necessidades.

Sejamos felizes vendendo criativamente nossas idéias às pessoas que de alguma forma, convivem conosco.


sexta-feira, 17 de abril de 2009

O incrível pernil assado da Dona Zefa


Em uma cidadezinha do interior havia uma cozinheira muito famosa por fazer o melhor pernil assado do país; seu nome era Zefa. Era conhecidíssima no lugarejo e em toda a região. Sua fama cresceu tanto que extrapolou as fronteiras do estado, chegando ao conhecimento de uma grande indústria de alimentos, que se interessou em adquirir o famoso pernil de Dona Zefa.

Representantes da empresa procuraram-na, negociaram e renegociaram até conseguirem comprar a receita mágica e o direito de comercializarem o nome dela, é claro. Como Dona Zefa não possuisse uma receita escrita do famoso pernil assado, eles deveriam observá-la enquanto preparasse um deles, anotando os ingredientes e o modo de preparar.

Marcaram uma demonstração em sua casa para algumas pessoas dos departamentos envolvidos: marketing, vendas, engenharia de produção, nutrição, compras e comércio exterior. Na data combinada, quando estavam todos prontos, ela começou a preparar um belo e apetitoso pernil, que ficava ainda mais belo diante de toda aquela platéia. Cada tempero, cada gesto, cada palavra, tudo era cuidadosamente anotado e filmado. Porém nada de especial que justificasse a fama daquele pernil. Até aquele momento, nada do que fizera Dona Zefa, era diferente do que faziam as demais assadeiras de pernil do país; os profissionais começaram a se impacientar por não descobrirem a tal fórmula secreta.

Porém, antes de levar o pernil ao forno, aconteceu algo inusitado, Dona Zefa pegou uma faca e cortou as extremidades do mesmo. Ali estava o pulo do gato, digo, o pulo do porco! O segredo era cortar as extremidades do pernil antes de levá-lo ao forno. Entusiasmados, perguntaram a ela a razão de tal procedimento, ao que ela respondeu para espanto de todos:

--- Não sei; minha mãe sempre fazia isto e como eu aprendi com ela, faço a mesma coisa a vida inteira, nunca perguntei nada.

Certos de que estavam diante do grande segredo, perguntaram-lhe se a mãe ainda era viva e se seria possível falar com ela. Diante da resposta afirmativa, lá se foram todos para a casa de Dona Toninha, que ficava na mesma rua. Questionada, Dona Toninha respondeu a mesma coisa que Dona Zefa: havia aprendido com a mãe dela e que não sabia a razão de cortar as pontas do pernil.

Para alívio geral, a mãe de Dona Toninha, portanto avó de Dona Zefa, ainda vivia em uma fazendinha próxima ao lugarejo, e lá se foram em busca do segredo perdido... Dona Sinhá, já com certa dificuldade em ouvir, demorou muito para entender o motivo de tanta gente em sua casa, com tamanho alarde e confusão; mas ao final, respondeu entre gargalhadas:

--- Vocês querem saber por que é que eu cortava as pontas do pernil?
--- Simmmmm, responderam todos.
--- É porque meu forno era muito pequeno e não cabia o pernil inteiro, então eu cortava as pontas dele!... Que segredo que nada...



É muito importante saber a razão pela qual realizamos nossas atividades, as consequências, os benefícios, os riscos. Muitos de nós fazemos parte de uma geração em que era quase proibido perguntar o porquê das coisas, mas hoje, especialmente nas atividades profissionais, isto é inadmissível. Quanto mais soubermos sobre nossos trabalhos ou sobre nossos produtos, maiores chances teremos de sermos profissionais competentes e de sucesso. Quantas vezes, um segredo nada mais é do que desinformação e falta de comunicação. Este é um bom momento para reavaliarmos nossos segredos, nossas receitas e nossos fornos.

Assim agindo, você poderá ser muito mais feliz!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fale bem do seu cavalo!


Um homem se encontrava muito chateado e deprimido; andava tão triste e aborrecido que dava pena vê-lo caminhando cabisbaixo e acabrunhado. As pessoas do lugarejo já não sabiam o que fazer para tentar ajudá-lo a sair daquela situação.
Certo dia, para espanto de todos, ele apareceu todo feliz montado em um belo cavalo. Era só alegria, sorrisos e cara de felicidade. Um dos seus amigos feliz com a mudança, logo perguntou:

--- O que foi meu amigo? Qual a razão desta alegria toda?
--- A resposta, meu caro amigo, está neste cavalo; ele salvou minha vida, é a razão de minha felicidade.
--- Fale-me mais a respeito, não estou entendendo nada, comentou o velho amigo.
--- Olha, este cavalo foi um milagre em minha vida; ele conversa comigo, me entende, quando estou triste ele me faz companhia, sabe ouvir-me sem interromper, é manso, sabe trotar muito bem, leva-me a passear por caminhos maravilhosos que só ele conhece. Enfim, é um amigo inseparável que só me proporciona alegrias.
--- E eu que nem imaginava que existissem cavalos assim!...
Despediram-se contentes com as mudanças ocorridas e cada qual pegou seu caminho. Mas certo tempo depois, aconteceu que aquele amigo também caiu em profunda depressão; então, se lembrou do velho amigo e do seu cavalo milagroso. E lá se foi a sua procura com o objetivo de comprar o animal.
--- Não posso vendê-lo de jeito nenhum! Foi a resposta. Sei que é por uma boa causa meu amigo, mas não posso vendê-lo. Ele salvou a minha vida! Imagine!
--- Dou R$ 10.000,00 por ele, interrompeu o interessado.
--- R$ 10.000,00? Isto é uma ofensa... Ele salvou minha vida, é meu melhor amigo, meu parceiro e confidente de todas as horas...
--- R$ 20.000,00?!
--- Não, sem chances...
--- R$ 50.000,00?!
--- Sinto muito, mas não está à venda.
--- R$ 100.000,00 e não se fala mais nisto!
--- Bem, meu cavalo é de fato excelente, mas R$ 100.000,00 é uma bela oferta, vou sofrer muito, mas... negócio fechado.
E lá se foi o homem, feliz da vida com sua compra, puxando o cavalo pelas rédeas e já se sentindo quase que curado. Mas, um mês depois, ele reaparece puxando o cavalo, mancando de uma perna, e com cara de desiludido, falou pro antigo dono do animal:

--- Não dei sorte com este cavalo. Tudo aquilo que você disse que ele fazia, comigo não acontece: Ele não conversa comigo, não me entende, quero ir para um lado e ele quer ir para o outro, é bravo demais, inclusive me derrubou ontem e tive uma luxação na perna. Ele não me deixa dormir, pois fica galopando e relinchando a noite inteira em volta da casa, suja todo o quintal em frente da casa, come demais e...
--- Olha aqui meu amigo, interrompeu o antigo proprietário, se “ocê” continuar falando mal do seu cavalo, “ce” num vai “vendê” ele não sô...


Moral da história:

Como na história, em nossa vida profissional, falar bem do cavalo é falar bem de sua empresa, de seu departamento ou do seu produto. Se você falar mal deles, será quase impossível vendê-los. É uma questão de lógica.

Portanto, procure enaltecer as qualidades de seus produtos e de sua empresa, dos seus clientes, dos seus companheiros de trabalho, destaque os pontos positivos que cada um possui. Em quaisquer circunstâncias, fale bem de seu cavalo!...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Como vender cachorro para quem não gosta de cachorro


Um sitiante que passava por dificuldades financeiras, resolveu vender seu cachorro; era um belo animal, tinha pedigree, raça notável, porte atlético, enfim, um cachorro dos sonhos de muita gente. Procurou um fazendeiro vizinho e foi logo argumentando:

--- O Sr. Quer comprar um cachorro com pedigree?
O fazendeiro respondeu de forma enfática:
--- Não. Eu não gosto de cachorro.
--- Mas ele é especial... é bravo, late forte, é esperto..... argumentou o sitiante.
--- Não. Não me interessa. Respondeu o fazendeiro.
--- Mas ele corre como um atleta olímpico, caça ratos...
--- Ele pode ser muito bom, mas não estou interessado, muito obrigado.

Desanimado, o aprendiz a vendedor voltou para casa e para sua surpresa, lá encontrou um primo, vendedor profissional, que viera visitá-lo. Ao ouvir a história da tentativa frustrada de venda, falou ao primo:
--- Vamos voltar lá, quero ver se não vendo este cachorro!
Ao chegarem à fazenda, o vendedor deixou o primo e o cachorro no banco de trás do carro e foi à procura do fazendeiro, ao encontrá-lo, começou o diálogo:

--- Que bela fazenda o senhor tem; parabéns. Que lindas galinhas e que maravilha de "pintinhos"... Imagino que o senhor não tenha problemas com gaviões tentando devorar estes lindos bichinhos, não é mesmo?
--- Ah! Esse é um problema terrível, comentou o fazendeiro. Tive até que contratar um empregado para vigiá-los o tempo todo, eles atacam mesmo.
--- Que coisa! Que falta faz um cachorro especialista em proteger os pintainhos dos gaviões! Eu conheço um cachorro que se um gavião voar baixinho, ele pula e pega o danado. Se o senhor tivesse um cachorro assim, além de proteger seu quintal, ainda economizaria com salário e encargos, evitaria reclamações trabalhistas, reivindicações, greves e outros dissabores.
--- É mesmo... concordou o fazendeiro coçando a barbicha.
--- O senhor tem problemas com ladrões aqui na fazenda? Perguntou o hábil vendedor.
--- Aqui não, mas meus vizinhos estão desesperados com isso.
--- Olha só, como faz falta um cachorro que afugente esta cambada que quer tirar o lucro e o sossego dos trabalhadores honestos! Alfinetou o vendedor.

E assim, continuou o profissional de vendas:
--- Bem, mas de uma coisa eu tenho certeza: aqui na sua fazenda não há ratos!
--- Imagine... só eu sei a quantidade destes roedores; acabam com quase tudo, uma praga...
--- Nossa! Se existisse um cachorro que caçasse ratos melhor do que um gato, que fosse amigo do dono da casa, que brincasse com seus filhos e os protegesse, seria um ótimo negócio, não acha?
--- Sim, seria um excelente negócio, respondeu o fazendeiro entusiasmado.

E o vendedor continuou com seus argumentos de forma profissional. Ele transformava as dificuldades e necessidades do fazendeiro, em soluções fáceis e ainda reforçava os benefícios de seu produto, é claro. Comentou até da ajuda do cachorro nas lidas diárias da fazenda e no manejo do gado. Finalmente disse ao fazendeiro:
--- Meu amigo, sua fazenda só tem um defeito: não é minha...

O fazendeiro já quase morrendo de curiosidade, perguntou:
--- Muito bem moço, você me convenceu, mas, como é que eu faço para encontrar um cachorro assim?
O vendedor então, todo feliz gritou:
--- Reeeeex, saia já do carro e venha conhecer seu novo dono!


Trazendo para nossas vidas de profissionais de vendas, e todos nós somos vendedores em incontáveis momentos, planejemos melhor nossas vendas. Vender é uma arte e como tal necessita um trabalho prévio. Conhecer o cliente, suas necessidades, seus desafios, seus sonhos ainda continua sendo fundamental para uma venda persuasiva e com final feliz.

Mostrar os benefícios de cada característica de seus produtos é a diferença entre os bons profissionais e os outros. Esta história traduz a essência do melhor curso de vendas que eu conheço, que é o TAV - Técnicas Avançadas de Vendas. Por coincidência, este curso faz parte do meu portfolio de produtos... Confira!

Seja muito feliz, vendendo suas idéias, produtos e serviços