quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma história verídica de três porquinhos

Era uma vez, três porquinhos que viviam numa bela floresta, que sonhavam ser vendedores. Na floresta havia boas oportunidades, afinal todos os animais consumiam vários tipos de mercadorias e os vendedores da cidade tinham medo de entrar nela para lhes vender. Além do fato da profissão de vendas ser invejada por muitos animais.

Os três porquinhos se chamavam: Palha-d'Aço, Pirulito e Pedregulho. Após uma aventura assustadora no passado envolvendo um certo lobo mau, agora moravam juntos em uma bela casa feita com tijolos e pedras. Aprenderam a lição e agora se cuidavam mais. Apesar do lobo ter se mudado para outras paragens após cair em um caldeirão com água fervente, outros poderiam aparecer. (Aparece cada escritor maluco que pode inventar coisas horríveis)

Como a oportunidade de ser vendedor era excelente, na verdade era a bola da vez, trataram de procurar uma boa escola de vendas. Cada um optou por uma escola diferente:

Palha-d'Aço matriculou-se em uma escola bonita, toda vermelha e com o telhado de palhas. Pirulito encontrou uma escola toda de madeira, muito aconchegante por sinal. Pedregulho conseguiu uma escola interessante, de tijolos, pedras, cimento e outros materiais resistentes. Apesar dos três terem a mesma reserva para investir na educação e futuro, o fator que mais pesou em suas escolhas foi o financeiro: Palha-d'Aço gastaria R$ 120,00 ao mês, Pirulito R$ 180,00 e Pedregulho R$ 250,00.

Após um ano de muita determinação e esforço, concluíram seus cursos e receberam numa grande festa, seus diplomas de qualificação em vendas; poderiam ser vendedores profissionais. Com a felicidade estampada nos olhos saíram em busca de empregos na nova e tão sonhada atividade.

Palha-d'Aço conseguiu uma representação comercial em uma indústria de palhas para cigarros, Pirulito optou por um cargo de supervisor de vendas em uma indústria de palitos de madeira e Pedregulho se tornou o gerente de vendas em uma distribuidora de materiais para construção.

Com o passar do tempo a indústria de palhas para cigarros fechou, ninguém mais queria fumar naquela floresta, muito menos cigarros de palha. Tantas eram as campanhas e tamanho o nível de conscientização dos animais sobre os males do tabagismo, que era motivo de críticas alguém ser visto com um cigarro na boca. Assim nosso Palha-d'Aço ficou desempregado.

Pirulito se deu bem no início de seu trabalho supervisionando uma equipe de vendedores, mas com o tempo as vendas despencaram, os animais gradativamente substituíram os palitos por fios, escovas e cremes dentais. Com os dentistas proibindo o uso de palitos dentais e por ser na época uma tremenda falta de educação usá-los à mesa de refeições (também na floresta), o uso de palitos ficou restrito aos espetinhos para tira-gosto. As vendas caíram e o nosso Pirulito foi demitido para contenção de despesas.

Pedregulho estava indo muito bem em suas atividades, sua empresa há muito não vendia tanto para tantos. Construções de todos os tipos surgiam em cada canto da floresta. Apesar dos insistentes convites para que os dois irmãos trabalhassem com ele, nenhum deles se interessou. Além do desânimo para buscar novos desafios no mercado de trabalho, ambos queriam descansar um pouco mais; afinal não havia motivos para preocupações: Pedregulho mantinha a casa e até pagava uma porca mais velha para fazer os trabalhos domésticos.

Os dois porquinhos, às vezes, enviavam currículos por e-mail, mas apenas para terem argumentos com o irmão; de resto só pensavam mesmo em comer, assitir TV e navegar pela internet o tempo quase todo. Estavam irreconhecíveis numa inércia quase total. Uma simples caminhada de 200 metros até o mercado os deixava exaustos, portanto passaram a pedir entregas em domicílio. Até ficaram sócios do Disk Tudo.

Certo dia apareceu na casa deles um casal de cordeiros, muito educados, bonitos, bem vestidos e com excelente conversa. Apresentaram-se como vindos de uma floresta muito distante e com os nomes de Merk Adu e Eva Lução. Depois de um bom papo e após tomarem chá com torradas, os cordeiros tiraram suas fantasias e pularam encima dos dois porquinhos indefesos e os devoraram sem dó e sem piedade.

Na verdade, eram lobos disfarçados e em pele de cordeiros. Desta forma, vingaram o primo que caíra num caldeirão de água fervente e era motivo de zombaria para muitos animais naquela floresta. Depois de amplas investigações sobre o caso, os peritos descobriram que os dois porquinhos haviam faltado à última aula dos cursos, justamente quando foi abordada a Sobrevivência em vendas.

Se você parar no tempo, se acomodar levando uma vidinha sedentária e improdutiva, sem buscar qualificação, tome muito cuidado, pois tanto o MERCADO quanto a EVOLUÇÃO poderão engolir você! E eu asseguro: os dois são os piores dos canibais, são implacáveis.

Grande abraço e votos de muitos sucessos nesta floresta globalizada,

Luiz Arantes.

Atitude de querer viver

Uma mulher acordou certa manhã, após várias sessões de quimioterapia, olhou no espelho e percebeu que só lhe restavam três fios de cabelo na cabeça.
--- Bom, disse ela, farei uma trança de meus cabelos hoje...

Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.

No dia seguinte, ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelos na cabeça.

--- Hummm, disse ela, hoje partirei meus cabelos ao meio.

Assim ela fez, penteou um fio para cada lado e teve um dia magnífico.

No dia seguinte, ela acordou e olhou no espelho: tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.

--- Legal, disse ela, hoje farei um "rabo de cavalo" com meu cabelo.

Ela fez o que queria e teve um dia espetacular, muito divertido.

Na manhã seguinte ao se levantar, olhou no espelho e viu que não tinha um fio de cabelo sequer na cabeça.

--- IES! (Expressão que significa Indicador Especial de Sucesso), ela exclamou, não terei que pentear meu cabelo hoje!


Atitude é tudo na vida, é ela que faz a diferença, nos permite caminhar o quilometro extra. Respeitemos as pessoas que encontrarmos em nossas caminhadas diárias e as batalhas que estejam travando em busca de sobrevivência e de felicidade.

Sejamos simples, generosos, amorosos e acima de tudo confiemos na bondade de Deus. Até mesmo de uma coisa, aparentemente ruim, poderemos aprender algo para nossas vidas terrenas.

Tudo aquilo que nós pensamos e ardentemente desejamos (ou tememos), acontecerá, creia.


Grande abraço e votos de muitas alegrias, paz e incontáveis atitudes positivas...


Luiz Arantes