terça-feira, 31 de maio de 2011

Vida de vendedor tem cada desafio!

Um vendedor chegou a uma cidade para trabalhar e soube que três irmãos que eram seus clientes, passavam por um dilema cruel. Como era um profissional interessado na felicidade de seus clientes, optou por iniciar suas visitas pelos três irmãos.

Ao encontrá-los, soube que o pai havia falecido e lhes deixado como herança 34 vacas. Até aí tudo bem, mas o velho deixara um testamento com ordens expressas em relação à divisão dos bens. Em primeiro lugar, as vacas não poderiam ser vendidas, em segundo, a divisão deveria ser na seguinte proporção: O filho mais velho ficaria com a metade do rebanho, o do meio com a quarta parte e o caçula ficaria com a sexta parte.

Em função da dificuldade em solucionar o testamento do pai, o desepero havia se instalado entre os irmãos: os resultados não davam números exatos, inviabilizando a divisão. Num total de 34 cabeças, o mais velho receberia tranquilamente sua metade, portanto 17 reses; mas para os outros dois não havia solução pois a quarta parte daria 8,5 vacas e a sexta parte daria 5,67 cabeças. Não queriam desobedecer as ordens paternas mas não conseguiam solucionar o desafio.

Então o vendedor se ofereceu para ajudar os seus clientes e amigos. Após a concordância dos irmãos, o vendedor buscou duas vacas emprestadas de um fazendeiro vizinho e as incorporou ao rebanho inicial perfazendo um total de 36 cabeças. Aí ficou bem fácil fazer as divisões: a metade do primogênito deu 18 vacas, a quarta parte do segundo filho deu 9 vacas e o caçula recebeu 6 cabeças.

Os três irmãos ficaram satisfeitíssimos, pois além de atenderem ao pedido paterno, todos eles aumentaram as participações em relação à proposta inicial, que era inviável. O mais velho que receberia 17 recebeu 18, aumentando uma vaca; o segundo que receberia 8,5 recebeu 9, aumentando seu rebanho em meia vaca e o caçula também aumentou sua vacada em 0,33 ao receber suas 6 cabeças. Havia só alegrias entre os irmãos.

Após a partilha, a soma do gado deu 33 unidades (18+9+6=33). Como eram 36 cabeças, restaram 03; o vendedor devolveu as 02 cabeças que o fazendeiro havia emprestado e ainda ficou com uma que sobrou. Os três estavam tão contentes com a ajuda do vendedor que cada um lhe fez um excelente pedido de mercadorias.

Em sua profissão, independente de qual seja, ajude as pessoas de forma criativa, pois você poderá sair ganhando muito: o prazer de ajudar que é impagável, a satisfação das pessoas ajudadas além dos prováveis lucros advindos da ajuda.

Grande abraço e votos de muitos sucessos nas suas "andanças" por esse país tão grande. E, por favor, tenha sempre em mente onde e como encontrar novas vacas para ajudar seus clientes.

Luiz Arantes

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma história verídica de três porquinhos

Era uma vez, três porquinhos que viviam numa bela floresta, que sonhavam ser vendedores. Na floresta havia boas oportunidades, afinal todos os animais consumiam vários tipos de mercadorias e os vendedores da cidade tinham medo de entrar nela para lhes vender. Além do fato da profissão de vendas ser invejada por muitos animais.

Os três porquinhos se chamavam: Palha-d'Aço, Pirulito e Pedregulho. Após uma aventura assustadora no passado envolvendo um certo lobo mau, agora moravam juntos em uma bela casa feita com tijolos e pedras. Aprenderam a lição e agora se cuidavam mais. Apesar do lobo ter se mudado para outras paragens após cair em um caldeirão com água fervente, outros poderiam aparecer. (Aparece cada escritor maluco que pode inventar coisas horríveis)

Como a oportunidade de ser vendedor era excelente, na verdade era a bola da vez, trataram de procurar uma boa escola de vendas. Cada um optou por uma escola diferente:

Palha-d'Aço matriculou-se em uma escola bonita, toda vermelha e com o telhado de palhas. Pirulito encontrou uma escola toda de madeira, muito aconchegante por sinal. Pedregulho conseguiu uma escola interessante, de tijolos, pedras, cimento e outros materiais resistentes. Apesar dos três terem a mesma reserva para investir na educação e futuro, o fator que mais pesou em suas escolhas foi o financeiro: Palha-d'Aço gastaria R$ 120,00 ao mês, Pirulito R$ 180,00 e Pedregulho R$ 250,00.

Após um ano de muita determinação e esforço, concluíram seus cursos e receberam numa grande festa, seus diplomas de qualificação em vendas; poderiam ser vendedores profissionais. Com a felicidade estampada nos olhos saíram em busca de empregos na nova e tão sonhada atividade.

Palha-d'Aço conseguiu uma representação comercial em uma indústria de palhas para cigarros, Pirulito optou por um cargo de supervisor de vendas em uma indústria de palitos de madeira e Pedregulho se tornou o gerente de vendas em uma distribuidora de materiais para construção.

Com o passar do tempo a indústria de palhas para cigarros fechou, ninguém mais queria fumar naquela floresta, muito menos cigarros de palha. Tantas eram as campanhas e tamanho o nível de conscientização dos animais sobre os males do tabagismo, que era motivo de críticas alguém ser visto com um cigarro na boca. Assim nosso Palha-d'Aço ficou desempregado.

Pirulito se deu bem no início de seu trabalho supervisionando uma equipe de vendedores, mas com o tempo as vendas despencaram, os animais gradativamente substituíram os palitos por fios, escovas e cremes dentais. Com os dentistas proibindo o uso de palitos dentais e por ser na época uma tremenda falta de educação usá-los à mesa de refeições (também na floresta), o uso de palitos ficou restrito aos espetinhos para tira-gosto. As vendas caíram e o nosso Pirulito foi demitido para contenção de despesas.

Pedregulho estava indo muito bem em suas atividades, sua empresa há muito não vendia tanto para tantos. Construções de todos os tipos surgiam em cada canto da floresta. Apesar dos insistentes convites para que os dois irmãos trabalhassem com ele, nenhum deles se interessou. Além do desânimo para buscar novos desafios no mercado de trabalho, ambos queriam descansar um pouco mais; afinal não havia motivos para preocupações: Pedregulho mantinha a casa e até pagava uma porca mais velha para fazer os trabalhos domésticos.

Os dois porquinhos, às vezes, enviavam currículos por e-mail, mas apenas para terem argumentos com o irmão; de resto só pensavam mesmo em comer, assitir TV e navegar pela internet o tempo quase todo. Estavam irreconhecíveis numa inércia quase total. Uma simples caminhada de 200 metros até o mercado os deixava exaustos, portanto passaram a pedir entregas em domicílio. Até ficaram sócios do Disk Tudo.

Certo dia apareceu na casa deles um casal de cordeiros, muito educados, bonitos, bem vestidos e com excelente conversa. Apresentaram-se como vindos de uma floresta muito distante e com os nomes de Merk Adu e Eva Lução. Depois de um bom papo e após tomarem chá com torradas, os cordeiros tiraram suas fantasias e pularam encima dos dois porquinhos indefesos e os devoraram sem dó e sem piedade.

Na verdade, eram lobos disfarçados e em pele de cordeiros. Desta forma, vingaram o primo que caíra num caldeirão de água fervente e era motivo de zombaria para muitos animais naquela floresta. Depois de amplas investigações sobre o caso, os peritos descobriram que os dois porquinhos haviam faltado à última aula dos cursos, justamente quando foi abordada a Sobrevivência em vendas.

Se você parar no tempo, se acomodar levando uma vidinha sedentária e improdutiva, sem buscar qualificação, tome muito cuidado, pois tanto o MERCADO quanto a EVOLUÇÃO poderão engolir você! E eu asseguro: os dois são os piores dos canibais, são implacáveis.

Grande abraço e votos de muitos sucessos nesta floresta globalizada,

Luiz Arantes.

Atitude de querer viver

Uma mulher acordou certa manhã, após várias sessões de quimioterapia, olhou no espelho e percebeu que só lhe restavam três fios de cabelo na cabeça.
--- Bom, disse ela, farei uma trança de meus cabelos hoje...

Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.

No dia seguinte, ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelos na cabeça.

--- Hummm, disse ela, hoje partirei meus cabelos ao meio.

Assim ela fez, penteou um fio para cada lado e teve um dia magnífico.

No dia seguinte, ela acordou e olhou no espelho: tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.

--- Legal, disse ela, hoje farei um "rabo de cavalo" com meu cabelo.

Ela fez o que queria e teve um dia espetacular, muito divertido.

Na manhã seguinte ao se levantar, olhou no espelho e viu que não tinha um fio de cabelo sequer na cabeça.

--- IES! (Expressão que significa Indicador Especial de Sucesso), ela exclamou, não terei que pentear meu cabelo hoje!


Atitude é tudo na vida, é ela que faz a diferença, nos permite caminhar o quilometro extra. Respeitemos as pessoas que encontrarmos em nossas caminhadas diárias e as batalhas que estejam travando em busca de sobrevivência e de felicidade.

Sejamos simples, generosos, amorosos e acima de tudo confiemos na bondade de Deus. Até mesmo de uma coisa, aparentemente ruim, poderemos aprender algo para nossas vidas terrenas.

Tudo aquilo que nós pensamos e ardentemente desejamos (ou tememos), acontecerá, creia.


Grande abraço e votos de muitas alegrias, paz e incontáveis atitudes positivas...


Luiz Arantes

domingo, 18 de julho de 2010

Pesadelo, jogadores de futebol e vendedores.

Tanto pensei no assunto que acabei sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo. Foi assim, que como num passe de mágica, a seleção da CBF/Nike fazia parte de minha equipe de vendas. Era um pesadelo sim, pois da atual seleção, com exceção de dois ou três atletas nos quais eu teria coragem de investir para transformá-los em bons vendedores, jamais queria tê-los em uma equipe de vendas sob a minha responsabilidade. Pense numa equipe de vendas, que a exemplo da seleção da CBF/Nike, faltasse a seus integrantes garra, vontade, determinação e amor à equipe e à empresa?

Interessante que em meu pesadelo, eu não consegui ver a figura do técnico que no caso seria o gerente ou diretor de vendas, o líder da equipe. Também pudera, nem na apresentação pessoal, o contratado da CBF acertou; quem gostaria de ir com um gerente de vendas com aqueles trajes visitar um cliente? Como diriam no interior de Minas, “Deusquemelivre”...

Jogadores de futebol e vendedores possuem muitas coisas em comum:

=> Ambos necessitam conhecer bem os adversários, os concorrentes e os clientes. Sem o conhecimento pleno dos mesmos, é impossível realizar um bom trabalho, uma boa partida, um bom campeonato, atingir os objetivos de vendas, obter sucessos.

=> Tantos jogadores quanto vendedores, tem que dominar e usar muito bem suas ferramentas de trabalho: bola, regras, campo, chuteiras e posições. Para os outros, programas, pesquisas, produtos, vantagens, beneícios, técnicas de abordagens e de vendas, logística, notebook e similares.

=> Os dois tipos de profissionais são obrigados a conhecer bem seus companheiros, seus dirigentes e buscar o sucesso em equipe, obter alta performance em detrimento do personalismo.

=> Para serem vencedores em suas carreiras, vendedores e jogadores precisam ter planos de ação bem definidos, planejamento estratégico para cada momento, para cada jogada, para cada partida. Impossível a sobrevivência nestas duas áreas sem que haja um plano de trabalho minucioso, detalhado, a curto, médio e longo prazo.

=> Ambos necessitam de um bom preparo físico, que lhes possibilite o pleno exercício de suas atividades. Ambos tem que usar bem suas forças mentais além de simplesmente as físicas.

=> É indispensável que os líderes destas equipes também se preparem em todos os sentidos, primando pelo planejamento, optando por estratégias adequadas e tendo outras de reserva para usar em momentos que se fizerem necessários.

=> O pensamento desses líderes tem que ser de conhecimento de todos os liderados, para que juntos possam buscar os melhores resultados e atingir objetivos. Nos dois exemplos, há que se ter substitutos à ltura em caso de substituições.

=> Vendedores e jogadores tem que ter a consciência de que há um sem número de pessoas que dependem dos mesmos e que torcem intensamente pelo sucesso deles. No futebol existem quase 200 milhões de envolvidos, nas empresas, todos os integrantes dos demais departamentos.


Foi um sonho, ou melhor, um pesadelo, mas as reflexões são verdadeiras e foram realizadas em momentos de muita lucidez. Mudanças serão necessárias em ambas áreas de atuação dos profissionais citados, temos condições plenas de realizá-las.

Desejo sucesso e incontáveis vitórias a todos, e que em nosso Brasil e em nossas empresas, tenhamos muitas alegrias com aqueles que nos representam.


Luiz Arantes

quinta-feira, 11 de março de 2010

Aprendendo com as moscas...

Esta semana, ao participar de um grupo de estudos, uma frase chamou-me a atenção e ficou a martelar minha mente. Gostaria de compartilhá-la com você, não para martelar sua mente, mas para ajudar em suas próximas reflexões sobre alguns tópicos da vida:
"As moscas são atraídas pelos focos de corrupção; destruídos esses focos, elas desaparecerão"


No caso, os focos indesejáveis de corrupção são os nossos pensamentos negativos e as moscas, as consequências de tais pensamentos. De fato, através de nossos pensamentos atraímos o tempo todo coisas boas e más; dependerão de nós a qualidade dos mesmos e os frutos advindos deles.

É uma incoerência de nossa parte, querermos uma vida salutar, de progresso, de evolução, de sucessos e alimentarmos nossa mente com pensamentos contrários a tudo o que queremos. E muitos de nós ainda tentamos colocar a culpa de nossos fracassos nos outros.

Como poderemos fazer com que nosso carro funcione se nele colocarmos combustível inadequado? De que adiantaria se enchessemos o seu tanque com vinagre, por exemplo, se na verdade ele necessitasse de outro elemento combustível? Assim também é nossa vida, não só pessoal, mas principalmente profissional. Temos que usar o combustível certo a todo o momento; e nosso combustível correto é o conjunto de nossos bons pensamentos, positivos, de esperança e de fé.

Em 2010 teremos um grande desafio pela frente: as eleições. Impossível não relacionarmos a palavra corrupção com as atitudes de muitos de nossos políticos atuais; e as moscas consequentes dessas corrupções estão espalhadas por todos os lados; se destruirmos os agentes delas, as moscas desaparecerão e teremos um país dos sonhos de todos nós.

Tenhamos uma vida honrada, moralmente correta, plena de pensamentos felizes e positivos, assim as moscas indesejáveis desaparecerão. Apenas mudando a qualidade de nossos pensamentos, mudaremos o mundo!


Com abraços e votos e uma vida sem moscas,


Luiz Arantes.


(Frase extraída do livro: A Gênese, de Allan Kardec, cap. XIV, item 21)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

As empresas e as escolas de samba...

Talvez você nunca me veja desfilando numa escola de samba ou na avenida assistindo a um desfile; mas isso não me impede de aprender com as escolas que fazem do carnaval sua apoteose.

Impossível assistir a um desfile pela TV sem pensar no quanto seria bom que nossas empresas se assemelhassem a elas. Pensando no aprendizado, focarei os pontos positivos das escolas fazendo uma reflexão sobre os mesmos. Tal reflexão também se aplica a todos os profissionais de uma empresa.

1. Nas escolas há uma preparação minuciosa, um planejamento detalhado sobre cada uma das áreas que lhe são pertinentes: enredo, alegorias, número de componentes, inovação, madrinha, homenageados, alas, comissão de frente, a bateria e os cantores. Assim também nas empresas temos que nos envolver nos planejamentos em todas as áreas da mesma: produção, marketing, vendas, administração, finanças e logística.

2. A alegria é a marca registrada das escolas nos desfiles em qualquer sambódromo. Nas empresas estamos perdendo a alegria, trocando-a por caras sisudas e sem brilho nos olhos. Numa escola de samba, todos cantam a mesma música, ou seja o mesmo samba enredo, com muita energia e entusiasmo. Quem dera cantássemos nas empresas e a mesma canção, com o mesmo entusiasmo!

3. Há um ritmo ditado pelas baterias e que conduzem cada escola durante seus desfiles. Quisera que as empresas também tivessem um bom ritmo e todos os seus profissionais o seguissem durante os desfiles pelas avenidas do mercado. Os ritmos nas empresas são as razões de existir de cada uma delas e as impulsionam à frente.

4. Nas escolas há um verdadeiro trabalho em equipe onde cada um dos seus componentes tem a certeza de que deverá dar o melhor de si, visando o sucesso no desfile e no campeonato. Em cada ala, os líderes ajudam na evolução natural da escola. Não seria fantástico que as empresas também tivessem a mesma postura? E da mesma forma seus colaboradores?

5. As escolas realizam verdadeiras evoluções durante os desfiles, nas empresas também precisamos buscar a evolução constante em todos os sentidos, com novos produtos, novos serviços, novas tecnologias, novos conceitos e muito mais qualificação. Os ensaios nas escolas duram o ano todo, visando seus objetivos.

6. Em cada desfile, as escolas contam suas histórias, resgatam e valorizam o próprio passado, além de homenagearem cidades, enaltecerem personagens da história de vários países. Adoraria que nossas empresas também tivessem mais preocupação em manter suas histórias, suas lembranças, valorizando suas lutas e as pessoas que as ajudaram a crescer. Deveríamos fazer como as escolas ao dar lugar de destaque aos que fizeram parte da história da mesma, ou seja, a velha guarda, aproveitando assim a experiência dos mais velhos.

7. Finalmente gostaria de destacar a vontade de ganhar com a qual as escolas entram na avenida, no pensamento firme de cada integrante, para os quais só a vitória interessa. Que tal se em nossas empresas também fosse assim, que começassemos cada dia com a vontade de vencer mais desafios, superar concorrentes e conquistar mais clientes? Imagine se cada colaborador de cada empresa tivesse essa visão: ganhar através de um trabalho bem feito, bonito, inovador e no ritmo certo, fazendo a torcida ir ao delírio!

Bem meus amigos, desculpem-me, mas já está começando um desfile pela TV e eu quero aprender com mais essa escola! Vamos torcer para que neste ano de desfiles, tenhamos muitas empresas se assemelhando às escolas de samba!


Com abraços,
Luiz Arantes.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Os porcos espinhos

Conta-se que em eras glaciais, em que o inverno era quase insuportável, uma manada de porcos espinhos, na tentativa de sobreviver ao frio intenso, começou a se unir num recanto apropriado, juntando-se mais e mais. Desta forma, cada um deles poderia absorver um pouco do calor que emanava do corpo do outro. Unidos se aqueciam e conseguiam sobreviver enfrentando tão brutal inverno por muito mais tempo.

Mas por ironia do destino, os espinhos de cada um deles, principalmente dos mais próximos, justamente os que forneciam o calor vital, começaram a ferir uns aos outros. Quanto mais tentavam de forma brutal de livrar dos espinhos dos companheiros, mais feriam uns aos outros. Então, sairam para seus cantos, magoados e feridos; dispersaram-se por não suportarem a dor dos espinhos dos companheiros.

Separados e sem o calor da manada, começaram a morrer congelados; aquela havia sido uma decisão equivocada para solucionarem seus problemas, suas dores, suas intolerâncias.

Com o tempo, aqueles que sobreviveram ao frio tiveram que tomar uma decisão: morrerem congelados ou voltar ao grupo aceitando os espinhos de cada um. Optaram por voltar e procurar os companheiros, mas desta vez, com mais cautela, mantendo uma distância segura que lhes propiciasse o calor vital, mas que não lhes ferisse, não lhes magoasse.

Assim, aprenderam a aceitar uns aos outros com seus espinhos, mesmo que com pequenas feridas, mas absorvendo o calor necessário de cada qual; juntos superaram o frio e sobreviveram.


Amigos,

Nós também, a exemplo dos porcos espinhos, vivemos em grupos, em equipes. Seja nos ambientes de trabalho, nos ambientes familiares ou sociais, se não aceitarmos as pessoas como elas de fato são, com sua imperfeições, com seus espinhos, dificilmente sobreviveremos e deixaremos de absorver as coisas boas que emanam de cada qual, fundamentais para nossa evolução e sobrevivência.

Os melhores grupos não os que tem membros perfeitos, sem defeitos, mas sim aqueles em que as pessoas, apesar das diferenças, aprendem a aceitar uns aos outros com as deficiências que todos possuímos. Esta é a melhor forma de crescimento. Lembremo-nos de que as pessoas que mais ferimos e magoamos são as que estão mais próximas de nós!

Sucessos a todos! Que nós consigamos passar juntos os próximos invernos, felizes e aceitando uns aos outros com todas as dificuldades e pedindo que nos perdoem por nossos espinhos.

Luiz Arantes