sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Montanhas nossas de cada dia...

Havia um reino animal cujo rei leão acabara de morrer, deixando o trono vago e três jovens leões para ocupá-lo. Todos sabiam da importância para a bicharada de que o trono fosse logo ocupado, até por questões de segurança perante os reinos vizinhos; assim, realizaram uma reunião para discutir a delicada questão da sucessão, onde tinham mais leões do que trono.

A primeira proposta de que eles deveriam lutar entre si até que apenas um sobrevivesse, foi logo rechaçada pelos jovens leões, pois além de irmãos eram muito amigos; nem lhes passava pela cabeça lutarem até a morte. A reunião continuou noite à dentro em busca de uma solução. Várias foram as idéias apresentadas, mas sempre havia algum incoveniente. Já amanhecia quando o macaco apresentou uma idéia que foi aceita e aplaudida por todos os presentes, inclusive os que estavam cochilando em suas cadeiras:

--- Os três leões deverão escalar a Montanha Terrível; aquele que alcançar o pico em menor tempo, será coroado o nosso rei.

A Montanha Terrível, era muito alta e de difícílimo acesso, era terrível mesmo. Não constava nos anais do reino, algum bicho que houvesse escalado a famigerada montanha. Seria de fato, uma prova de muita força, coragem e determinação. O desafio foi aceito pelos jovens leões e já marcaram a data e horário para a prova.

No dia combinado, milhares de animais cercaram a montanha para assistirem à grande escalada, que seria um grande acontecimento, os presentes testemunhariam um fato histórico.

O primeiro leão tentou a escalada, mas não conseguiu chegar ao topo, foi derrotado.
O segundo leão também tentou a escalada, lutou, mas não conseguiu, também foi derrotado.
O terceiro leão, da mesma forma, tentou, lutou, e... também foi derrotado pela montanha.

O clima era de expectativa e certa decepção entre os bichos, pois continuavam sem rei. Não haviam definido através de uma regra clara, o que fazer no caso dos três competidores serem derrotados. A discussão estava acalorada, quando uma coruja mais velha pediu a palavra para apresentar uma solução.

--- Eu sei quem deverá ser o nosso rei, disse ela.
O silêncio foi geral e grande a expectativa. Todos perguntaram em coro:
--- Qual dos três?
--- É muito simples meus amigos, enquanto os três leões lutavam com suas dificuldades, eu voava entre eles e pude ouvir o que cada um disse à montanha ao final da prova. E a sábia coruja continuou:
--- O primeiro leão disse: "Montanha, você me venceu!"
--- O segundo leão disse: "Montanha, você me venceu!"
--- O terceiro leão também disse que havia sido vencido, mas com uma diferença: Ele olhou para a imensa montanha, que representava a sua dificuldade, e disse-lhe: "Montanha, você me venceu, por enquanto! Você, montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu ainda estou crescendo!" E a coruja continuou:
--- A diferença, é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota, diante da dificuldade. Quem pensa desta forma, é maior que seus problemas, é rei de si mesmo e portanto está preparado para ser rei do outros. Esta é minha proposta.

Os animais aliviados, aplaudiram entusiasticamente as sábias palavras da coruja e a atitude do jovem leão, que foi coroado de imediato.

Meus caros amigos,

Não importa o tamanho das dificuldades ou dos problemas pelos quais tenhamos que passar, eles, na maioria das vezes, já atingiram seus níveis máximos, mas, nós ainda estamos crescendo.

Por maior que sejam nossos desafios, mesmo que juntos pareçam uma montanha terrível, ainda não chegamos ao nosso tamanho máximo, ainda poderemos crescer e muito, dependerá, é claro, de cada um de nós.

Se você está lendo esta pequena história, está em busca de crescimento, está aumentando seu tamanho para enfrentar e vencer obstáculos que porventura possam surgir em sua caminhada.

Nós vivemos num reino dos negócios e com muitas montanhas de dificuldades. Para sermos vencedores, o que importa é a atitude de querer. É fundamental que tenhamos posturas diferentes dos concorrentes e assim alcancemos os picos das montanhas, sendo coroados com os louros do sucesso.

Uma montanha, tem ALTITUDE; nós temos que ter ATITUDE!

Esta é uma fórmula para sermos leões em nossos negócios, em nossas vidas, tendo um reinado de paz e prosperidade.

E não nos esqueçamos: sempre haverá alguém atento às nossas palavras e atitudes, além de nós mesmos, é claro.

Ótima semana e grande abraço do Luiz Arantes.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O verdadeiro valor das pessoas

Fiz uma experiência em uma de minhas palestras, sabendo que não fui o primeiro a realizar tal façanha, mas o que importa é o que poderemos aprender com ela.
Numa sala com aproximadamente 400 pessoas, comecei a palestra mostrando uma cédula de R$ 20,00 e fiz uma pergunta:

--- Quem quer esta nota de R$ 20,00?

Várias mãos se ergueram demonstrando interesse em ganhá-la. E continuei:

--- Realmente darei esta nota a um de vocês, mas antes permitam-me fazer uma coisa.

Assim falando, amassei a nota em uma das minhas mãos e voltei a perguntar aos presentes:

--- Quem ainda quer esta nota?

As mãos continuaram erguidas, atestando a vontade de cada um.

--- E se eu fizer isto com esta cédula? Perguntei, deixando a nota cair no chão e pisando nela, amassando-a e sujando-a toda.

Todas as mãos continuaram da mesma forma, ninguém havia recuado.

Aproveitando o momento, comecei meu assunto, pedindo-lhe que aprendesse com aquela experiência, fazendo um analogia entre aquela cédula e a vida de cada um dos presentes. Disse-lhes:

--- Meus caros amigos, não importa o que eu faça com esta nota, todos vocês continuarão querendo-a, porque ela não perde o seu valor; mesmo estando amassada e suja continuará tendo o seu valor de R$ 20,00.

Ainda me lembro de companheiros concordando com minhas palavras, tentando em vão segurar as lágrimas que lhes escorriam pelo rosto. Aquilo havia tocando profundamente alguns amigos presentes ao evento.


Meus caros amigos,


Isto também acontece conosco. Quantas e quantas vezes somos amassados, pisoteados, ficamos sujos, imundos em função de atitudes de outras pessoas, em vários ambientes e circunstâncias. Nossa primeira reação neste instante é nos desvalorizarmos, acabar com nossa auto-estima. Mas, a exemplo da experiência com a cédula, nosso valor continuará o mesmo. Se tivermos em mente este pensamento, esta crença, sairemos de situações assim, ainda mais valorizados, mais fortalecidos.

Não importa como estamos: sujos ou limpos, bonitos ou amassados, nosso valor não é alterado e tampouco sua importância.

E se você exerce a função de líder, independe de ser na área profissional ou familiar, cuide para não amassar, pisotear, sujar as pessoas à sua volta; faça o contrário, elogie, valorize o lado positivo de cada um.


Desta forma seremos muito mais felizes, ajudando uns aos outros.


Luiz Arantes.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O valor de um anel

Certo dia após a aula, um jovem aluno se aproximou do seu professor e disse-lhe:
--- Professor, estou me sentindo um zero à esquerda, um ninguém; e como me sinto assim tão pequeno, com a auto estima tão baixa, não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que sou desajeitado, lerdo e muito idiota. Como posso melhorar professor? O que poderei fazer para que as pessoas me valorizem mais?
O professor sem mesmo olhá-lo, respondeu:
--- Sinto muito meu jovem, mas agora preciso resolver primeiro o meu próprio problema; talvez depois eu possa ajudá-lo. E fazendo uma pausa, continuou:
--- Se você me ajudar, eu poderei resolver o meu problema mais rapidamente e depois poderemos conversar para tentar resolver o seu; o que acha?
--- Mas é claro professor, gaguejou o jovem, mas se sentiu mais uma vez desvalorizado.

O velho mestre retirou então de um dos dedos um anel que usava, deu-o ao garoto e disse:
--- Monte no seu cavalo e vá até o mercado; quero que venda esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É necessário que você obtenha o máximo de valor que puder, mas não aceite em hipótese nenhuma, menos que uma moeda de ouro. Vá e volte o mais rápido possível e com a moeda de ouro.

O jovem pegou o anel, montou em seu cavalo e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles até olhavam com certo interesse, mas quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel, alguns riam, outros saiam sem ao menos lhe dirigir a palavra e outros o insultavam. Apenas um velhinho foi amável com ele e lhe explicou que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar o anel.

Tentando ajudar o garoto, ofereceram-lhe uma moeda de prata e uma xícara de cobre; mas como seguia as ordens do mestre, ele recusou a oferta. Após oferecer o anel a quase todos que passavam pelo mercado, abatido e com o velho sentimento de fracasso, montou e voltou ao mestre. No caminho, desejou ardentemente ter uma moeda de ouro para que ele mesmo comprasse o anel, livrando seu professor das preocupações e também para receber logo a ajuda desejada e resolver seus problemas.

Entrou na sala do professor e disse:
--- Mestre, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu pela jóia, talvez pudessemos conseguir duas ou três moedas de prata, mas não creio que seja justo enganar as pessoas quanto ao valor do anel, cobrando uma moeda de ouro.
--- O que você me disse é muito importante meu jovem, disse o professor sorrindo. Primeiramente precisamos saber o valor do anel; monte seu cavalo e volte ao mercado, mas dessa vez vá ao joalheiro, quem melhor que ele para saber o valor exato do anel? Diga-lhe que quer vender o anel e pergunte quanto é que ele pagaria. Mas, não importa o quanto ele lhe ofereça, não o venda, volte aqui com o meu anel.

O jovem foi então até o joalheiro, que após examinar a jóia com uma lupa e pesá-la, disse:
--- Diga a seu professor que se ele quiser vender o anel agora, não posso oferecer mais do que 58 moedas de ouro
--- 58 moedas de ouro?! Exclamou o jovem assustado.
--- Sim, respondeu o joalheiro, eu sei que com o tempo poderia oferecer até 70 moedas de ouro, mas se a venda for urgente...

O jovem correu como louco em busca do velho professor para lhe contar o que havia acontecido.
--- Sente-se, disse o professor, e conte-me tudo.
O jovem contou tudo detalhadamente, ainda assustado com o ocorrido. O professor então lhe disse:
--- Você é como esse anel, uma verdadeira jóia, valiosa e única. Só poderá ser avaliado por um especialista. Eu imaginava que a qualquer dia você pudesse sozinho, descobrir o seu verdadeiro valor, mas precisei dar uma ajudazinha... E assim dizendo, colocou o anel novamente em seu dedo.

Amigos,
Somos como esta jóia da história: valiosos e únicos. Muitas vezes, ficamos procurando nos mercados da vida, pessoas despreparadas para nos avaliarem. Nós é que temos que saber o próprio valor. Devemos nos valorizar, realizando a cada dia, nosso trabalho de uma forma melhor, mais eficiente.

Todos somos pessoas muito importantes e valiosas, o grande problema é que a maioria de nós, não sabe disso.

Saibamos reconhecer nossos reais valores, independente das opiniões contrárias, e façamos de tudo para melhorar cada vez mais o nosso brilho, através de atitudes coerentes.

Sejamos jóias cada vez mais valiosas e felizes!
Com abraços: Luiz Arantes




quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A dona morte

Havia um reino em que as pessoas viviam em harmonia e sem grandes preocupações. Tinham um bom rei o qual estava sempre atento às necessidades de seu povo e a tudo que ocorresse em seus domínios; há muito tempo tudo caminhava bem, sem maiores aborrecimentos.

Certo dia, a dona morte chegou a esse reino maravilhoso e através de uma peste começou a ceifar quantas vidas encontrasse pela frente. O monarca tão logo soube do que estava acontecendo, saiu à procura da indesejada visitante, com o objetivo de convencê-la a fazer sua colheita em outros reinos, de preferência bem longe dali.

Ao encontrá-la, argumentou que seu povo era muito bom, pessoas trabalhadoras e pacíficas, que viviam em paz e portanto não merecia ser dizimado daquela forma. Atenta aos argumentos do rei, dona morte percebeu o quanto ele possuia um bom coração e que se preocupava como de praxe, com o bem de seus súditos. Mas, apesar de tudo respondeu ao rei:
--- Majestade, é meu trabalho, cumpro ordens; além do mais, morrer faz parte da vida!

Conversaram bastante como se fossem velhos amigos e por fim, em função dos argumentos do rei em favor de seu povo, combinaram que a morte ceifaria a vida de apenas duas mil pessoas. Desta forma, ambos ficariam satisfeitos.

O monarca voltou ao seu castelo feliz por acreditar ter feito uma ótima negociação, pois seu reino tinha mais de cem mil habitantes. Mas, com o decorrer dos dias o rei se assustou com a quantidade de mortos; segundo levantamento de seus auxiliares já haviam morrido mais de vinte mil pessoas.

Indignado com a quebra do acordo firmado, procurou a dona morte e foi logo dizendo de sua decepção ante o ocorrido. Estava muito aborrecido e o demonstrou claramente, ao que a morte respondeu:
--- Meu amigo, eu cumpri a minha parte do acordo; eu só matei os dois mil combinados, os outros morreram de medo!


Amigos,

Escrevi esta pequena história, pensando no momento em que estamos vivendo, muitos de nós quase morrendo de medo da gripe "A" (H1N1). Como já não bastassem tantos outros medos com os quais convivemos: medo de altura, medo de baratas, medo de morrer, medo de viver, medo de assalto, medo de avião, medo de cachorro, medo de não vender...e tantos outros.

Não quero fazer nenhuma apologia ao descaso, à acomodação, mas sim alertar para que fiquemos mais atentos e não nos deixemos levar pela onda e pelo sensacionalismo dos meios de comunicação. Além de fazer nossa parte em questões como higiene, prevenção e alimentação adequada, temos que acreditar também na proteção de Deus: ninguém parte antes da hora.

Trazendo para os ambientes de nossas empresas, quantas atitudes de medo tem contribuído para uma produção pequena ou resultados desastrosos. Da mesma forma, guardando as devidas cautelas, precisamos ter mais coragem para vencer cada uma das dificuldades que aparecem em nossos caminhos.

Sejamos corajosos e mais felizes!

Com abraços,
Luiz Arantes.