sexta-feira, 29 de maio de 2009

A casa de número 101

Um construtor após vários anos na profissão, decidiu que havia chegado o momento de parar. Já estava aposentado e em suas contas já havia construído exatamente 100 casas. Queria se dedicar mais à sua família, em especial aos netinhos.

Sabia da redução de ganhos que teria com a decisão, mas ele queria mesmo ter uma vida mais calma com os familiares após 40 anos de dedicação à mesma empresa, ao mesmo patrão.

Ele era o melhor dos construtores entre seus pares e suas casas eram impecáveis; assim, ao receber a notícia da saída do velho construtor, o patrão ficou preocupado com a perda de tão valioso colaborador. Tentou mudá-lo de opinião de várias formas, apelou para a grande amizade que os unia, os bons momentos que haviam passado juntos, mas os argumentos foram em vão.

Após uma longa conversa, o patrão aceitou a demissão do companheiro, mas impôs uma condição: ele deveria construir mais uma casa, a de número 101 em sua bela carreira.

O velho construtor concordou com o pedido do patrão, mas no fundo estava contrariado, pois já havia assumido alguns compromissos para a nova vida: pescaria com os netinhos, viagem com a esposa e muitos outros projetos que borbulhavam em sua mente.

Seu coração já não estava no trabalho e ele não se empenhou na última casa, como sempre o fizera. Em cada detalhe da casa, havia um visível descaso. Era uma forma lamentável de se encerrar uma carreira tão brilhante.

Terminada a obra, o patrão foi pessoalmente vistoriá-la; ao final, entregou as chaves ao velho construtor e lhe disse:
--- Esta casa é sua. É meu presente para você em retribuição pelos bons trabalhos prestados à nossa empresa ao longo de tantos anos.
--- !?
Que susto! Que surpresa! Que vergonha! Se soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente. Teria caprichado mais, teria usado materiais de melhor qualidade, teria exigido mais capricho de sua equipe. Agora, moraria em uma casa feita sem amor, sem capricho.



Amigos,

Em muitos momentos acontecem conosco situações semelhantes: nossas mentes e corações estão longe do nosso trabalho e de nós mesmos. Quantas vezes gostaríamos de voltar ao passado e fazer alguma coisa de novo!

Na verdade se quisermos manter a fama de bons profissionais, de colaboradores imprescindíveis, de bons pais, de bons filhos, de bons esposos, de bons companheiros, de bons líderes, precisaremos ter dedicação total em cada um de nossos projetos.

Somos nós que construímos nossas próprias casas, nossos caminhos, nossos sucessos, nossas vidas. Não depende de ninguém além de nós mesmos. Não importa se nossa casa em construção é a primeira ou uma das últimas, o importante será caprichar sempre. Deveremos ter um capricho constante em cada obra, pois nunca saberemos de fato, qual será nossa última casa.

Que cada uma de nossas atividades seja um belo cartão de visitas. Cada um de nossos exemplos, um caminho para o sucesso. Tenhamos a atitude de bem usar nossos conhecimentos e habilidades.

Sejamos assim, os construtores de nossa propria felicidade e que a cada dia, nossas casas sejam as mais belas construções!


Com abraços,
Luiz Arantes

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vende-se


Conta-se que o nosso grande poeta Olavo Bilac passeava pelas ruas de sua cidade, quando se encontrou com um comerciante que era seu velho amigo. Após os cumprimentos, o amigo lhe fez um pedido:

--- Sr. Bilac, quero vender o meu sítio que o senhor conhece tão bem; não tenho tempo de ir até lá, estou na verdade desgostoso com ele; poderia fazer a gentileza de redigir um anúncio para que eu possa publicá-lo no jornal?

Prestativo, o poeta tomou um pedaço de papel e ali mesmo na rua, redigiu o seguinte anúncio para o amigo:

Vende-se encantadora propriedade
em local paradisíaco,
onde a alvorada é anunciada pelo gorjear
das cotovias em seus lindos arvoredos.
Um riacho de águas cristalinas
corta seus verdejantes prados,
refletindo o azul do céu e a candura das nuvens.
A moradia, banhada de ouro
pelos primeiros raios do sol,
propicia agradabilíssima sombra ao entardecer,
inebriando de paz, os que buscam descanso
em sua imensa e aconchegante varanda.

Procure Fulano de Tal e confira esta preciosidade.

Meses depois ao se reencontrarem, Bilac perguntou ao amigo se havia vendido a propriedade, ao que o outro rspondeu:
---Imagine...nem pensei mais no assunto! Ao ler o anúncio que o senhor escreveu, é que percebi o tesouro que possuia. Nem sonho em vender meu lindo sítio!







Amigos,


muitos de nós, somos como o comerciante da história: não conseguimos visualizar as maravilhas que possuímos. Quantos de nossos talentos permanecem adormecidos até que alguém nos acorde para os mesmos. É muito comum que outras pessoas, por exemplo, elogiem nossos filhos enumerando suas qualidades enquanto nós ficamos perplexos com tal descoberta.

Em nossas vidas profissionais também acontecem estes fatos e com incontável número de pessoas; esquecemos quem somos, esquecemos de nossas virtudes e de nossas capacidades, até sermos desafiados e tomarmos a atitude de agir.

O grande risco em nossas vidas, é não encontrarmos algum poeta que nos tire dos olhos a cortina que encobre nossas qualidades. Nem sempre poderemos contar com a ajuda de alguém, será necessário que nós mesmos descubramos nossos tesouros escondidos.

Analisemos com muita seriedade os nossos talentos, e por menor que sejam, ou mesmo que aparentem pouca importância, vamos valorizá-los. Nós somos aquilo que pensamos. Pensemos em nós como pessoas exitosas, como profissionais vencedores e pessoas de sucessos, que tal acontecerá.

Permitam-me lembrar Chico Xavier que dizia: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". Não importa o que passou, mas sim, o que poderemos fazer para frente.

Seja muito feliz descobrindo seus talentos e seus tesouros interiores!
Com abraços,
Luiz arantes

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Dois mundos e uma janela


Dois homens achavam-se muito doentes e ocupavam a mesma enfermaria de um hospital. O quarto deles era bem pequeno, mas havia uma janela que dava para o mundo exterior. Um dos homens tinha como parte de seu tratamento, permissão para sentar-se na cama durante uma hora à tarde (algo a ver com drenagem de fluído dos pulmões). E sua cama ficava sob a janela.

O outro, contudo, tinha que passar o tempo todo deitado e longe da janela. Todas as tardes, o homem cuja cama estava próxima da janela, ficava sentado e passava o tempo descrevendo para o companheiro de quarto, o que via lá fora.

A janela, aparentemente, dava para um parque onde havia um belo lago. Enquanto os patos e cisnes nadavam, algumas crianças atiravam-lhes migalhas de pão e outras brincavam com seus barquinhos. Jovens enamorados caminhavam de mãos dadas por entre as árvores e canteiros de flores; nos gramados, adultos e crianças brincavam com bolas e petecas; ao fundo, por trás de uma fileira de árvores, avistava-se o contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia atentamente, apreciando cada minuto e cada detalhe. Ouviu como uma criança quase caiu no lago e sobre como as gorotas estavam bonitas em seus vestidos com as cores de verão. As descrições do companheiro eram tão primorosas que ele, eventualmente, chegava a ver o que acontecia lá fora...

Então, numa certa tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por que é que o companheiro tinha sua cama próxima à janela e assim, o privilégio de ver tudo o que acontecia e ele não?! Deveriam possuir direitos iguais. A princípio ficou envergonhado por seus pensamentos, mas quanto mais tentava evitá-los, mais eles povoavam sua cabeça, querendo mudanças a qualquer custo. Faria o que fosse necessário para atingir seu objetivo, era só esperar...

Numa noite enquanto pensava numa forma de realizar seu intento, o seu companheiro acordou tossindo desesperadamente e sufocado; tentava em vão alcançar o batão de emergência para chamar a enfermeira, que viria correndo; ele poderia ajudar, mas só ficou observando e imóvel... mesmo quando o som da respiração do companheiro cessou completamente.

De manhã, a enfermeira encontrou o homem morto e, sem dizer uma única palavra, levou seu corpo embora. Logo que lhe pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ocupar a cama perto da janela. Então, o colocaram lá e o protegeram com cobertas de forma que se sentisse bastante confortável. Assim que sairam os enfermeiros, apoiando-se nos cotovelos, com extrema dificuldade e sentindo muitas dores, ele conseguiu olhar pela janela, e

... viu apenas um grande muro!



Meus amigos, aqueles que se dedicam à nobre arte de vender, e todos nós somos vendedores, em muitas situações são como aquele homem da janela, traduzindo para as pessoas, principalmente para os clientes, as belezas, as alegrias e os encantos da vida: Um mundo que nem sempre existe, mas que pode ser conquistado, se bem vivido.

A todos nós, a mensagem é manter sempre o otimismo, a criatividade, a alegria, mesmo em situações adversas; jamais querendo ocupar o lugar dos outros de formas obscuras, mas sim conquistando espaços por méritos e de forma honrada.

Outro pensamento, é que se há alguém que de alguma forma esteja fazendo você feliz, agradeça, ajude, compartilhe, retribua; e assim, evoluirão juntos.

Seja muito feliz!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A grande inundação

Em decorrência de fortes chuvas em uma região, as águas de um rio começaram a se elevar rapidamente, anunciando uma grande inundação e obrigando os moradores ribeirinhos a ficarem em estado de alerta. Como as chuvas continuassem "caindo" intensamente e o nível do rio a "subir" assustadoramente, os moradores não tiveram outra alternativa que não fosse a de deixarem tudo para trás, para salvarem suas vidas.

Todos abandonaram suas casas, menos um homem que se dizia muito religioso e possuidor de enorme fé em Deus. Ele ficou para trás apesar dos insistentes pedidos dos amigos e familiares para seguí-los. A todos ele respondia:
--- Não se preocupem comigo, Deus virá me salvar!

As águas continuaram a subir e quando já estavam à altura de sua cintura, apareceu um vizinho em uma pequena canoa para resgatá-lo, mas o teimoso respondeu:
--- Preocupa não "cumpade", Deus virá me salvar!
Ele já se encontrava encima de uma mesa com as águas pela altura do peito, quando apareceu um barco do Corpo de Bombeiros oferecendo ajuda e alertando-o do perigo iminente de novas chuvas e do consequente aumento do nível das águas. Apesar da insistência dos bombeiros, o homem não quis arredar o pé, alegando que Deus o salvaria.

O homem já estava sobre o telhado da casa, se equilibrando e com as águas pelo pescoço, quando apareceu um helicóptero da Polícia Florestal, atirando-lhe uma corda para salvá-lo. E ele gritou:

--- Podem ir embora, eu já disse que Deus virá me salvar!

As águas continuaram subindo e o homem foi arrastado pelas fortes correntezas, morrendo afogado. Ao chegar ao céu, estava visivelmente aborrecido e foi logo solicitando uma conversa com Deus, onde queria desabafar. Assim que O encontrou, foi dizendo:

--- Senhor, eu aprendi que a quem tivesse fé em Vós, não negaríeis socorro e auxílio. Eu tive fé, pedi e não me ajudastes! Além de morrer, estou sendo motivo de piadinhas lá na Terra...

--- E Deus carinhosamente lhe respondeu:

--- Engano seu meu filho; eu ouvi suas preces e mandei uma canoa, um barco e um helicóptero para ajudá-lo, mas você não quis...



Meus amigos, longe de mim querer brincar com Deus; meu intuito através desta história pitoresca, é mostrar que em muitas ocasiões Deus quer nos ajudar e nós através de posturas inflexíveis, não entendemos Seus recados, Seus mensageiros e Seus instrumentos.

Às vezes, as ajudas nos chegam através de amigos, através do sorriso de uma criança, através do olhar de um faminto, pelas críticas dos companheiros, pelas observações dos familiares, pelas reclamações de nossos clientes, pelas corrigendas de nossos gerentes, enfim, através de palavras e gestos de todos quantos se encontram ao nosso lado ou que encontramos em nossa caminhada.

Normalmente, as respostas às nossas indagações e pedidos nos chegam através pessoas, de um bom livro, de um filme, de reuniões, de uma prece, de uma mensagem de e-mail. Mas é de suma importância entendermos que Deus não faz por nós, Ele nos concede as condições para realizarmos o melhor de nós. Teremos sempre o livre arbítrio para realizar nossas escolhas; o que não podemos é culpar a Deus e aos outros por aquilo que fizemos ou que deixamos de fazer.

Deus, que é o Grande Arquiteto deste nosso universo maravilhoso, confiou a nós a reforma de nosso mundo interior e a construção e manutenção de nosso planeta. Será preciso ter sempre a coragem de acreditar e agir.

Seja feliz, e por favor preste atenção aos recados de Deus!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

É tempo de acreditar e agir


Um homem que viajava a pé, ao chegar a um grande lago, ficou apreensivo em como fazer para atravessá-lo, pois o lago era muito largo e ele não avistara nenhuma embarcação nas proximidades.

Após algum tempo de indecisão, ouviu uma voz e viu que era de um homem de cabelos brancos que estava em um pequeno barco de madeira e se oferecia para atravessá-lo. Aliviado, o viajante a ceitou a gentil oferta do homem e entrou no barco. Assim que se acomodou, percebeu que nos remos havia alguma coisa entalhada e que pareciam ser letras; aguçando o olhar, constatou que de fato eram letras e que formavam duas palavras: em um remo estava escrito ACREDITAR e no outro, AGIR.

Curioso, o viajante perguntou ao barqueiro a razão daquelas palavras nos remos. O barqueiro pegou o remo em que estava escrito "acreditar" e remou com toda a sua força; o barco começou a dar voltas sem sair do lugar. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito "agir" e remou com todo vigor; novamente o barco começou a girar no sentido oposto, sem sair do lugar.

Por fim o barqueiro segurou com firmeza os dois remos e movimentou-os ao mesmo tempo fazendo o barquinho navegar firme através do lago, alcançando com segurança a outra margem.

Só então o velho barqueiro disse ao viajante:

--- Este barquinho pode ser chamado de Barco da Vida; a outra margem, a nossa meta a atingir. Para que o nosso Barco da Vida navegue seguro e alcance a meta traçada, será necessário utilizarmos sempre os dois remos, ao mesmo tempo e com a mesma intensidade; ou seja, acreditar e também agir.

Devemos impulsionar nossos remos com força e vontade, lembrando que às vezes teremos que remar contra ondas e marés, debaixo de chuvas e em noites escuras; mas noutros dias o sol brilhará e as águas estarão mais tranquilas.

Se apenas acreditarmos em nossos sonhos, em nossos projetos, em nossos produtos e idéias, mas não tivermos a atitude de agir, não sairemos do lugar. Da mesma forma, de nada adiantará agirmos sem acreditar em nossos sonhos, em nossas capacidades, em nossos projetos, nas pessoas à nossa volta e em Deus.

Quem sabe esta seja a hora de impulsionar seus dois remos? Lembrando que no barco da vida, só você poderá remar acreditando e agindo.

E se você tomar a decisão de acreditar e agir, desejo que realize uma viagem excelente, magnífica, fantástica e plena de sucessos e alegrias.

Seja muito feliz!