quinta-feira, 20 de agosto de 2009

As ratoeiras da vida...

Em uma fazenda, havia um pequeno rato que olhava pelo buraco da parede e viu quando o fazendeiro abria um pacote de compras. Pensou imediatamente em que tipo de comida poderia haver ali; mas, aterrorizado descobriu que era, na verdade, uma ratoeira novinha.

Saiu correndo e gritando para alertar a todos do perigo iminente. Ao chegar ao galinheiro bradou:

--- Há uma ratoeira na casa, acabaram de comprar, uma enorme ratoeira!

A galinha calmamente respondeu-lhe:
--- Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato saiu em disparada em direção ao porco, que descansava na pocilga e lhe disse:
--- Há uma enorme ratoeira na casa, uma ratoeira!

Então, calmamente o porco respondeu:
--- Queira desculpar-me Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.
Fique tranquilo que o senhor será lembrado em minhas preces.

O rato se dirigiu então ao estábulo onde estava a vaca e lhe suplicou:
--- Socorro, há uma ratoeira na casa, uma grande ratoeira!

A vaca lhe respondeu:
--- O que foi Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso eu estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro...
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima...

A mulher do fazendeiro se levantou e saiu correndo para ver o que havia pegado na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. A cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital da cidade, mas ela voltou com muita febre. Para fortalecê-la e amenizar a febre, nada melhor que uma canja de galinha. Então o fazendeiro, com uma grande faca nas mãos, foi ao galinheiro em busca do ingrediente principal da canja, a galinha.

Como a mulher continuasse enferma, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Então para alimentar as pessoas, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou falecendo. Muita gente veio para o funeral. Assim o fazendeiro sacrificou a vaca para poder alimentar todo aquele povo.

Meus amigos,

Na próxima vez em que ouvirmos alguém dizendo que está diante de um problema e imaginarmos que isso não nos diz respeito, lembremo-nos de que sempre que houver uma ratoeira, todos correremos risco.

As dificuldades e os problemas de cada membro de uma equipe são de todos que a compoem. Ao convivermos em equipe, deveremos cuidar uns dos outros, só assim teremos uma equipe de alta performance.

A solidariedade se comprova em momentos de dificuldades por pessoas que fazem parte de nossas equipes. Mais do que nunca, com a globalização, os problemas surgidos do outro lado do planeta acabam nos afetando, imginemos se eles surgirem em nossas empresas, em nossos grupos, em nossas equipes, em nossos times.
Outro pensamento que me ocorreu, é de que quando formos pedir ajuda aos outros, será de suma importância enumerarmos os benefícios e os malefícios que todos poderemos ter com tal fato, asssim nosso poder de convencimento poderá aumentar e muito.
Cuidemos uns dos outros em nossas caminhadas, independente das ratoeiras que possam surgir, assim, poderemos ser muito mais felizes.

Com abraços e votos de incontáveis sucessos nesta fazenda global em que vivemos.

Luiz Arantes.

sábado, 15 de agosto de 2009

A importância de se afiar os machados

Conta-se que no Canadá, há algumas décadas, um dos eventos mais concorridos era o campeonato anual de cortadores de lenha. Era um acontecimento muito aguardado por todos os lenhadores do pais. Seria vencedor aquele competidor que durante um dia inteiro de trabalho, conseguisse cortar e amontoar a maior quantidade de madeira; havia uma medida padrão para as madeiras cortadas. Na data previamente anunciada, reuniam-se os melhores lenhadores para a disputa.
Num desses eventos, lá estavam perfilados lado a lado os mais famosos profissionais da área, com seus machados em punho e uma imensa floresta de pinheiros pela frente, aguardando-os. Entre eles havia um veterano chamado Bill, imbatível nos últimos anos, e a seu lado um jovem fortíssimo chamado Thoby. O sonho de Thoby era desbancar o Bill e se tornar famoso em todo o pais; desta forma, preferiu se colocar ao seu lado para vigiar todos os seus movimentos.
Ao sinal dos juízes, começaram a disputa. Após as primeiras horas de trabalho, já ficara claro o favoritismo de Bill e Thoby, um pela larga experiência e o outro pelo vigor físico. Os seus montes de lenha já cortados e devidamente amontoados, eram muito maiores que os demais concorrentes.
Tal fato entusiasmou ainda mais o jovem Thoby, além de ter apenas um concorrente, a cada vez que olhava seu oponente, via o velho Bill sentado, aparentemente descansando. E como tal fato se repetisse durante muitos momentos da competição, a idéia da vitória já mexia com a cabeça do jovem, crente que seu momento havia chegado.
E assim, durante todo o dia, continuaram cortando suas árvores. Ao final, quando os juízes mediram os respectivos montes, veio a grande surpresa para o jovem Thoby: Bill ganhara mais uma vez. Incrédulo, visivelmente aborrecido, o rapaz passou a questionar o resultado, acreditando ter sido lesado pelos juízes. Durante a discussão ele comentou:
--- Como pode ser justo tal resultado, se em vários momentos do dia eu vi o Bill sentado descansando, enquanto eu continuava trabalhando sem parar? Eu parei apenas para um pequeno lanche...
Diante dos argumentos do jovem, o veterano Bill, respondeu amigavelmente:
--- Foi aí que você perdeu meu caro jovem; cada vez que você me viu sentado, eu estava afiando o meu machado, e não descansando simplesmente. E o seu machado, como é que está? Você o afiou alguma vez?
Desolado, o rapaz compreendeu a lição: de nada adiantaram seus esforços para superar seu concorrente, pois sua ferramenta estava inadequada!

Caros amigos,

O machado poderá ser cada uma das ferramentas que usamos em nossas atividades profissionais ou pessoais. A exemplo do veterano da história, é de suma importância que estejamos com nossas ferramentas muito bem preparadas, afiadas, prontas para os desafios.
Uma das formas para afiar machados na vida profissional, seria a busca por qualificação, em treinamentos, reuniões, leituras, pesquisas ou troca de experiências. Nunca nos esqueçamos de que uma das ferramentas mais importantes que possuimos e que também necessita ser afiada, é a nossa mente.
Uma empresa que souber associar a experiência dos mais velhos, com o vigor e vontade dos mais jovens, terá amplas alternativas de fazer sucesso.
É salutar que os profissionais veteranos, com mais experiências, possam passar aos mais jovens, o aprendizado adquirido ao longo de vários anos e de várias realizações, errando e acertando.
Um recado para os jovens é que jamais desprezem os conhecimentos dos mais velhos, mas ao contrário, possam associá-los aos novos conhecimentos e energia peculiares à juventude.
Uma outra reflexão, é sobre o planejamento como forma de se definir as ferramenteas apropriadas para cada projeto, para cada desafio. Abraham Lincoln, já dizia: "Se eu tivesse nove horas para cortar uma árvore, passaria seis horas afiando o meu machado"
Com votos de muitos sucessos e paz,

Luiz Arantes.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fábula dos talentos escondidos

Certo dia, preocupados com o que os homens fariam se descobrissem seus verdadeiros talentos, temendo inclusive uma concorrência, os deuses do Olimpo discutiam sobre o que fazer com os talentos dos homens. Após várias idéias, optaram para escondê-los em um local em que fosse impossível aos homens encontrá-los.

Um deus sugeriu que fossem escondidos nas profundezas dos oceanos, pois assim ficariam seguros. Mas, outro deus discordou dizendo:

--- Não creio que seja um bom local; os homesn construirão submarinos e descerão às profundezas dos mares e oceanos e encontrarão os talentos. Deveríamos escondê-los nas estrelas. Outro deus, porém, retrucou:

--- Da mesma forma, os homens construirão foguetes e naves espaciais, realizarão viagens e acabarão por encontrar os talentos.

E assim, os deuses continuaram discutindo em busca de um lugar seguro e longe do alcance dos homens; sempre que um deles sugeria um bom lugar, percebiam que o mesmo não seria seguro o suficiente. Após várias sugestões descartadas, um deles disse:

--- Já sei, escondamos os talentos dentro dos próprios homens, desta forma, eles jamais os encontrarão!...

O entusiasmo foi geral, a idéia era de fato excelente: os homens jamais iriam olhar dentro de si mesmos à procura de conhecimento, desenvolvimento e progresso.

E assim, o fizeram: esconderam dentro de nós, nossos próprios talentos, para que jamais os encontrássemos, evitando assim problemas futuros para os deuses.


Meus amigos,

Diante de tantas pessoas infelizes que encontro por todo canto, fica a pergunta: será que eles, os deuses, não teriam escondido também a alegria em um cantinho dentro de nós? Caso contrário, como justificar tanta gente infeliz, derrotada, desanimada e triste?

Muitas pessoas descobriram que chamam a atenção dos demais quando estão tristes, e assim fizeram desse estado de espírito, uma constante em suas vidas. O que não descobriram ainda, é que quando somos felizes, também chamamos a atenção.

Apesar de ser uma fábula, e bastante singela, cabe aqui uma boa reflexão sobre o quão pouco conhecemos de nós mesmos, e principalmente, que a condição de crescer de progredir, de melhorar, está dentro de nós e em nenhum outro lugar.

Descubramos nossos verdadeiros talentos e sejamos a cada dia, mais felizes.
Com abraços,
Luiz Arantes.

sábado, 1 de agosto de 2009

O pacote de biscoitos


Uma jovem estava à espera de seu voo num aeroporto. Como teria que esperar por muito tempo a conexão, comprou um bom livro para ocupar seu tempo de forma produtiva e também um pacote de biscoitos para degustar durante a leitura e a espera.

Dirigiu-se á sala de embarque e lá se acomodou da melhor maneira possível em uma poltrona, onde pretendia descansar e ler em paz. Logo sentou-se a seu lado um homem que também começou a ler uma revista.

Quando ela pegou o seu primeiro biscoito, percebeu que o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas nada falou ao homem, apenas pensou:
--- Mas que cara mais folgado! Como é que pode? E continuou sua leitura apesar de desconcentrada e indignada.

A cada biscoito que ela pegava no pacote, o "folgado" também pegava um. Ela começou a ficar tão irritada que não conseguia ler e estava a ponto de falar umas boas para o homem a seu lado. Após algum tempo, ela olhou para o pacote e viu que só havia um biscoito; então ela ficou imaginando o que é que o "cara-de-pau" faria. Então aconteceu o inesperado: o homem pegou o biscoito, dividiu-o ao meio e deixou a outra metade para ela no pacote. O sangue da jovem lhe subia à cabeça, ficou ruborizada e nervosíssima; aquilo era demais...

Sua vontade era provocar uma cena, falar algumas verdades para o "folgado" e ajudá-lo a se colocar em seu devido lugar. Mas preferiu pegar sua bagagem de mão, seu livro e demonstrando extrema fúria, se dirigiu ao portão de embarque pisando com tamanha força no chão que chamou a atenção de várias pessoas.

Quando finalmente se sentou em sua poltrona no avião e já mais calma, abriu sua bolsa para guardar o ticket de bagagem, e, para sua surpresa, lá estava intacto o seu pacote de biscoitos! Sentiu tamanha vergonha que queria se afundar na poltrona e se esconder de todos. Ela havia se esquecido que guardara o pacote de biscoitos na bolsa e durante todo o tempo, aquele homem que ela considerara um "folgado" havia dividido o pacote dele com ela sem se sentir nervoso, indiganado ou irritado... E o pior de tudo é que não havia mais tempo para pedir desculpas ao homem. E durante toda a viagem, a vergonha e o arrependimento a acompanharam.

Meus caros amigos,

Antes de tirar nossas conclusões, observemos melhor cada situação, colocando-nos no lugar das outras pessoas ao nosso lado. Nem sempre nossa verdade está acima da verdade das outras pessoas, e nem sempre aquilo que pensamos é a verdade.

Tal princípio se aplica nas empresas, em nossas famílias, em nossos grupos de amigos e na sociedade em geral. Ao agirmos de forma mais equilibrada, seremos pessoas mais saudáveis, amigáveis e felizes.


Com abraços do Luiz Arantes